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COMPOSTAGEM

Resíduo orgânico vira adubo natural para jardins do campus Aracaju

Escrito por MARINEIDE BONFIM BASTOS | Criado: Sexta, 11 de Dezembro de 2020, 14h34 | Publicado: Sexta, 11 de Dezembro de 2020, 16h36 | Última atualização em Sexta, 11 de Dezembro de 2020, 20h11

Técnica de vermicompostagem produzirá húmus de minhoca feito com material descartado em feira livre

Por Victoria Costa | com supervisão profissional de Marineide Bonfim (Mtb 495/SE)

 

DSC 0345 b marca daguaO Projeto Fertiliza do Instituto Federal de Sergipe, campus Aracaju, iniciou a produção de adubo natural para a área verde da instituição, por meio da vermicompostagem, técnica que consiste na decomposição natural dos resíduos sólidos urbanos realizado por microrganismos e minhocas. As minhocas foram adquiridas da empresa parceira do projeto, a Agrovida, do empresário Nilton Lopes, que forneceu o material especialmente para fabricação do adubo sustentável.

A ideia surgiu da necessidade de conter a quantidade de resíduos orgânicos acumulados em frente ao prédio do IFS campus Aracaju, após realização da feira livre do bairro Getúlio Vargas, todas as quartas-feiras na rua de Estância. Normalmente, apDSC 0410 b marca daguaós a coleta, o lixo orgânico é levado para o aterro sanitário, aumentando o volume de material no local. A partir dessa observação, a técnica de laboratório de Biologia, Érika Cristina Teixeira dos Anjos Brandão, conversou com as professoras Maria Jeanne de Lima e Jane Velma dos Santos Brito e a técnica em assuntos educacionais Irane Gonçalves, da Coordenadoria de Ciências da Natureza (CCNAT), todas biólogas de formação, e o grupo decidiu inscrever o projeto no edital 14/2019 da Pró-reitoria de Extensão (Propex), por meio do Programa IFS Sustentável.

DSC 0340 b marca daguaA ação garante o destino adequado dos resíduos e promove sustentabilidade trazendo diversos benefícios para o meio ambiente já que é dado um destino adequado aos resíduos aumentando a vida útil dos aterros sanitários, diminuindo a poluição do solo e produzindo um composto orgânico de alta qualidade – o húmus de minhoca.

DSC 0352 b marca daguaÉrika Brandão lembra que o adubo orgânico pode ser comercializado e se transformar também em uma fonte de renda. Além disso, a vermicompostagem doméstica pode ser realizada em pequenos espaços, como em apartamentos ou canteiros e, se corretamente realizado, não produz cheiro ruim nem atrairá animais indesejados, como muitas pessoas imaginam.

PRODUÇÃO

A execução da produção está no começo, pois com a pandemia de covid-19 o processo foi atrasado e foram necessárias algumas adaptações. “ Tivemos que buscar outro local para doação e coleta dos resíduos orgânicos, já que a feira livre do Getúlio Vargas foi suspensa. Conseguimos, em novembro, parceria com a Central de Abastecimento de Sergipe, por meio da Associação de Usuários do Ceasa de Aracaju, representada por Wilson Nunes e Izair Santos, presidente e gerente administrativo da ASSUCEAJU, respectivamente”, revela Érika.DSC 0395 b marca dagua

As composteiras domésticas (locais onde a compostagem é feita) que ficarão no IFS campus Aracaju e as que serão doadas já estão prontas. Também está sendo construída uma estufa para armazenar as composteiras e, ao mesmo tempo, produzir novas mudas para os jardins do IFS campus Aracaju.IMG 9249

A equipe sorteará  20 composteiras domésticas com um kit para compostagem (substrato orgânico mais minhocas californianas). Para ganhar, é preciso seguir o perfil do Projeto Fertiliza no Instagram, @vem.e.composta_, e responder ao questionário que está na biografia (bio).

APRENDIZADO

O projeto, que é coordenado pela professora de Biologia, Maria Jeanne D’Arc Paula de Lima, também é importante para os estudantes, pois os alunos têm a oportunidade de participar de todas as fases, desde as leituras, até a parte mais prática da atividade. A ideia é que eles terminem a pesquisa mais capacitados profissionalmente e mais conscientes enquanto cidadãos.

DSC 0415 b marca daguaAluno do primeiro período do Curso superior de Tecnologia em Saneamento Ambiental, José Anderson Bonfim, que é bolsista do projeto, garante que a experiência é enriquecedora. “Antes eu fazia a compostagem em vasos com planta. Pegava os resíduos e enterrava. Não coletava o chorume (líquido escuro proveniente de matérias orgânicas em putrefação) e o chão ficava manchado e o vaso às vezes encharcava. No projeto aprendi que muitos problemas podem ser resolvidos com controle de umidade e oxigênio.”, revela. Durante a pandemia, ele está produzindo adubo em casa.

Além de José Anderson, o projeto conta com a participação de dois estudantes voluntários, Emilly Christiny (integrado em Química) e Ihago Batista de Sousa (Saneamento Ambiental).

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