Cultura popular é tema de seminário no Campus Lagarto
Evento ocorreu na quarta-feira passada, 12, e contou com a palestra de um professor convidado da Universidade Federal de Sergipe
No mês em que o nordeste brasileiro celebra os festejos juninos, os quais reportam a séculos passados, o IFS – Campus Lagarto resolveu promover um debate sobre cultura popular e mergulhar um pouco em nossa história, já que o Brasil é um país com forte tradição em cultura festiva. O Seminário da Cultura Popular: Memórias e Partilhas ocorreu na quarta-feira passada, 12, e contou com apresentação musical de professores e alunos, palestras e exposição de vídeos sobre o assunto produzidos por estudantes do campus.
Taieiras, caboclinhos, samba de coco, parafusos: são muitos os grupos folclóricos e parafolclóricos que enriquecem nossa identidade cultural. Foi com base na relação entre tais manifestações e a arte teatral que o professor Micael Gomes, da Universidade Federal de Sergipe, conduziu sua fala, a qual chamou a atenção para o aspecto lúdico dessas manifestações culturais. "O que significa falar da cultura popular para a formação humana? Por que vocês estão aqui me ouvindo tratar desse assunto e não numa aula tradicional? Vocês estão em um Instituto de formação técnica, mas, para desempenhar bem as funções de cada profissão, vocês terão que desenvolver a capacidade imaginativa e intuitiva, e o conhecimento da cultura popular com certeza auxiliará vocês nisso", afirmou o docente, que também é ator.
O evento foi coordenado pelos professores Luiz Carlos Tavares, Valdenice Melo e Sílvio Sandes, da Coordenadoria de Ciências Humanas e Sociais. O professor Luiz Carlos destacou que o objetivo maior da proposta era trazer para dentro da escola a discussão sobre os saberes que não possuem origem em instituições formais, mas são igualmente relevantes para a formação do ser humano. "É preciso estimular nos alunos a valorização da cultura produzida no âmbito local, que muitas vezes é desconhecida. As danças, os folguedos, tudo isso é parte de nossa história e não pode ser esquecido", ressaltou Luiz Carlos, que, além de docente do campus, é mestre de capoeira.
A discente Polyanna Fernandes, do 3º do curso técnico integrado em Redes de Computadores, apresentou uma palestra sobre o tema e sua relação com a indústria cultural. Para ela, a cultura popular deve ser trabalhada nas escolas não apenas porque pode ser cobrada em vestibulares, mas sim pela riqueza que lhe é própria. "A propósito, é de suma importância que esse assunto seja abordado em uma escola técnica, pois ela precisa ter esse diferencial de preparar os alunos para as mais diversas situações e contextos, e não se limitar apenas a uma área", pontuou.
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