Autoconhecimento e estabilidade emocional são frutos de ação promovida pelo NAPNE
Rodas de conversa reúnem estudantes residentes em prol do desenvolvimento individual e coletivo
Diálogo é a palavra-chave para definir as ações desenvolvidas e implementadas pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus São Cristóvão, junto aos estudantes residentes. As rodas de conversa começaram em abril, do ano passado, e na última semana foi realizado o encerramento. As atividades foram conduzidas pela psicopedagoga Ana Rita Madureira, com a participação da técnica em enfermagem Adriana Silva e aconteceram semanalmente, sempre no período noturno.
Conforme Domytilya Barbosa, coordenadora do Núcleo, os encontros foram resultantes de uma forte demanda em torno da necessidade de suporte aos estudantes, especialmente, por estarem se adaptando à rotina longe da família. “O objetivo, além do acolhimento, foi proporcionar um ambiente de diálogo, reflexão-ação, visando auxiliar o desenvolvimento da autoconsciência, autogestão e consciência social”, explica.
No decorrer dos encontros, bem como ao final da série, foi possível perceber os benefícios gerados para os estudantes. “(Nota-se) comportamento de compromisso, empatia, solidariedade. Os avanços foram observados na mudança de perceber e enfrentar as dificuldades. Os alunos trouxeram novas reflexões, soluções e demonstraram mais resiliência frente aos desafios”, destaca Ana Rita.
Para Kelly Silva de Jesus, estudante do curso de Agropecuária, houve acolhimento dos participantes e os encontros favoreceram desenvolvimento educacional, por meio de técnicas e dicas de estudo. Salienta que, enquanto aluna interna, os diálogos foram importantes, diante de tantos desafios. “As rodas de conversa proporcionaram estabilidade emocional”, define.
Animado, Wesley Santos Gois reforça a percepção da colega de curso. Garante que o autoconhecimento desenvolvido durante este ano letivo foi extraordinário. “Percebi quão importante é se conhecer, buscar a autoestima e a confiança em si”, frisa. Acredita que cada encontro motivou o fortalecimento da espiritualidade, a melhoria da autonomia, da autoestima, do autocontrole e da empatia. “Estimulou o empoderamento, a resiliência e o fortalecimento de atividades em grupo”, defende.
Os organizadores observam os encontros como prática de inclusão, tornando os participantes protagonistas. “Visualizamos as rodas de conversa como uma atividade de desenvolvimento e aprendizagem, além de fortalecer os laços de convivência entre esses estudantes que passam a semana na instituição”, analisa Domytilya. Por isso, planejam ampliar a iniciativa para os estudantes semi-residentes.
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