Campus Estância discute prevenção ao uso de álcool e outras drogas
Roda de conversa fomentou reflexões para além da área de saúde ao relacionar à temática a aspectos sociais e políticos
*Por Carole Ferreira da Cruz
Os primeiros anos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio participaram da roda de conversar sobre prevenção ao uso de álcool e outras drogas nesta quarta, dia 14, no auditório do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância. A escolha por uma abordagem interdisciplinar fomentou reflexões para além da área de saúde ao relacionar à temática a aspectos sociais e políticos, o que contribuiu para uma maior conscientização dos estudantes.
A discussão foi conduzida pelo sociólogo Fábio Salviano, do Centro de Formação e Aperfeiçoamento da Guarda Municipal de Aracaju, que iniciou sua fala com a exibição do documentário Quebrando o tabu (2011), de Fernando Grostein Andrade, e em seguida fomentou o debate com o público. Estudantes e servidores participaram ativamente: opinaram, comentaram, perguntaram e deram testemunho sobre a experiência de superação do vício.
Caminhos e soluções
“A sociedade precisa pensar sobre a problemática das drogas, construir alternativas para superar essa questão, e vocês estão num lugar extraordinário para fazer isso, que é o Instituto Federal de Sergipe. As universidades são os espaços de saber onde tradicionalmente nascem caminhos e soluções para os problemas que nos afetam, tanto no Brasil como no mundo”, ressaltou Fábio Salviano.
Os alunos tiveram a oportunidade de olhar para o tema álcool e outras drogas a partir de uma nova perspectiva e passaram a ter uma compreensão mais ampliada da realidade. “Gostei bastante da palestra e saí daqui com mais informação para lidar com as drogas, que estão tão próximas da vida da gente. É fundamental que a escola promova esse tipo de discussão, ainda mais na adolescência”, afirmou Amanda Paixão, 15 anos, do curso de Edificações.
Para o estudante Pedro Ítalo Souza de Andrade, 17 anos, do curso de Eletrotécnica, a abordagem mais dinâmica e participativa proposta pelo sociólogo estimulou o interesse e a participação do público. “Estou mais preparado agora para lidar com situações que envolvem o uso de drogas na escola, na família, entre os amigos e conhecidos. Foi muito válido o debate de hoje”, reconheceu.
A diretora do Campus Estância, Sônia Pinto de Albuquerque Melo, chamou os estudantes à responsabilidade ao lembrar que toda escolha implica em consequências, que podem ter danos irreversíveis e prejudicar muitas pessoas. “É importante avaliarmos até que ponto certas decisões trazem boas contribuições para a sua vida e a do próximo. A escola é um espaço privilegiado para que vocês reflitam e façam suas escolhas de forma consciente”, destacou.
A roda de conversa tratou dos diversos aspectos que envolvem o universo das drogas, como os efeitos permanentes e demais danos à saúde, os impactos negativos na vida pessoal e profissional, as conexões com o crime organizado, as políticas repressivas, preventivas e de assistência aos usuários, a descriminalização e como os diversos países tratam da questão. A ação foi realizada pela Comissão Socioeducativa, a Coordenação de Saúde Escola (Cose) e a Equipe Multidisciplinar, a partir de uma situação vivenciada no campus.
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