Campus Estância aprova 33 projetos nos editais de fomento à ciência e tecnologia
Iniciativas contribuem para a produção do conhecimento em diferentes especialidades e atendem demandas da sociedade
*Por Carole Ferreira da Cruz
O Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus Estância aprovou 33 projetos nos últimos editais de fomento à ciência e tecnologia. Do total, 24 são da área de pesquisa, seis de extensão e três de inovação, financiados por instituições de respaldo acadêmico como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec).
Os projetos contribuem para o desenvolvimento sustentável da região Sul do estado e a produção do conhecimento em diferentes especialidades que têm aplicação direta na comunidade ou atendem demandas do mercado e da sociedade. Além disso, as atividades de pesquisa, extensão e inovação melhoram a formação acadêmica dos alunos e forjam novos pesquisadores. Prova disso é que o campus tem obtido alta aprovação de estudantes em programas de pós-graduação no país e até no exterior.
É o caso do egresso do curso de Engenharia Civil, Raí Augusto dos Santos, que está fazendo mestrado em Segurança da Informação da Universidad de Jáen, na Espanha, após conquistar a única vaga no processo seletivo realizado pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). Recentemente, também ingressaram em mestrados os engenheiros formados pelo campus, Marcela Reis Carvalho (UFBA) e Henrique Rodrigues Santos (UFS).
Rigor científico e compromisso social
O responsável pela Coordenação de Pesquisa e Extensão do Campus Estância (Copex), professor Tiago Cordeiro de Oliveira, ressalta que, além da alta aprovação, os projetos se destacam pela excelente qualidade, rigor científico e compromisso social. “O conhecimento produzido no IFS em Estância está no mesmo patamar do que se produz em instituições mais tradicionais, com know how e expertise em diferentes áreas, e está comprometido com a transformação social”, afirmou.
Outro aspecto que vale ressaltar é a diversidade das pesquisas, que abrangem os mais distintos campos do saber. Exemplo disso é o estudo coordenado pelo professor Luciano Melo para a construção de um biorreator para gerar biogás utilizando bagaço de malte de cervejaria como substrato, na tentativa de reduzir os impactos causados pelos resíduos no processo de produção da cerveja (bagaço de malte, levedura de cerveja e trub) e possibilitar a geração de energia limpa.
No campo da inovação há várias iniciativas promissoras, como o Sistema de inteligência artificial para monitoramento de segurança do trabalho e equipamentos (SIAMSTE), desenvolvido pelo coordenador do curso de Engenharia Civil, Thiago Remacre. O software tem o objetivo de verificar, em tempo real, os índices de risco de acidente de trabalho, além de implementar procedimentos e rotinas de segurança “in loco” para mitigar os riscos de danos ao indivíduo, à sociedade e ao meio ambiente.
Destacam-se ainda iniciativas voltados ao ensino das disciplinas do núcleo básico. Em Cianotipia: estudo teórico-prático de processos fotográficos do século XIX na perspectiva da química, a professora Angelina Maria de Almeida pretende estudar de forma teórica, prática e interdisciplinar os processos envolvidos na obtenção de imagens através da impressão fotográfica conhecida como cianotipia. Os estudantes serão capazes de reconhecer a técnica, otimizar a qualidade das imagens e propagar esse conhecimento por meio de palestras e cursos para toda a comunidade.
Diversos professores estão empenhados em usar recursos tecnológicos para a melhoria dos índices educacionais e a minimização dos impactos pós-pandemia no processo de aprendizagem. Nessa perspectiva, estão as pesquisas Robótica para todos, de Dennis Viana; Imersão no movimento maker com base na construção do projeto mecânico dos robôs, de Phillipe Cardoso Santos; e Uso da gameficação no ensino de química pós ensino remoto, de Elaine Meneses Souza Lima.
Na área de extensão, há propostas relevantes que abordam aspetos culturais, históricos e ambientais. É o caso dos projetos Estancianos ilustres, filhos da terra: cultura e pertencimento no Campus Estância, do professor Alexandre Santos de Oliveira; O lúdico em sala de aula: produção de jogos físicos para o ensino de história e proposituras interdisciplinares, da professora Lorena Campello; e Compostifs - ações em forma de minicurso e oficina sobre produção de adubo orgânico através da técnica da compostagem, da professora Aline de Jesus Sá.
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