IFS apresenta Programa de Gestão à comunidade
Instituto é o único do país a permitir a participação de 100% dos servidores
Por: Anderson Ribeiro
Na próxima sexta-feira (13), às 9h, a Comissão de Acompanhamento do Piloto do Programa de Gestão no IFS vai apresentar à comunidade, por meio de live transmitida pelo canal oficial da instituição no Youtube (IFSERGIPE), o Programa de Gestão, além de realizar sorteio entre os campi e unidades administrativas da reitoria para início da implantação do programa. “Serão duas lives: a primeira será de sorteio e elucidação geral do programa de gestão e a segunda, no dia 20, para apresentar o sistema à comunidade. A medida que os campi forem entrando no programa de gestão a gente vai fazendo um tira dúvidas e reuniões técnicas pontuais presencialmente”, explica Itauan Eduão, coordenador geral de TI do IFS e membro da comissão.
O Programa de Gestão, também chamado de teletrabalho, foi autorizado por Instrução Normativa do Ministério da Economia, que liberou todos os órgãos do poder público federal para fazerem parte. Mas coube ao Ministério da Educação a autorização para que a Rede Federal de Educação pudesse aderir.
De acordo com a IN elaborada pelo Ministério da Economia, o teletrabalho representa uma modalidade de trabalho em que o cumprimento da jornada regular pelo servidor pode ser realizado fora das dependências físicas do órgão, em regime de execução parcial ou integral, de forma remota e com a utilização de recursos tecnológicos, para a execução de atividades que sejam passíveis de controle e que possuam metas, prazos e entregas previamente definidos e, ainda, que não configurem trabalho externo, dispensado do controle de frequência.
Para o auditor da Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional (PRODIN) e membro da comissão, Alexandre Diniz, a implementação do Programa de Gestão no IFS vai representar uma mudança de cultura ao substituir controle de frequência por controle de produtividade, o que contribui para aprimorar a qualidade do serviço público. Além de gerar economia ao instituto e qualidade de vida para o servidor. “Estamos substituindo o ponto eletrônico por resultados. O Programa vai ajudar as pessoas a planejar melhor suas atividades; elas vão poder executar o trabalho no conforto da sua casa. Além disso o Instituto ganha em economia. No período da pandemia, por exemplo, houve redução de gastos com água, energia, telefone, entre outros contratos”, comentou Alexandre.
Sentimento compartilhado pela reitora Ruth Sales Gama de Andrade, que para além da economicidade, o Programa de Gestão vai permitir ao servidor a se planejar melhor. “Já podemos dizer que é um sucesso. Pois já temos resultados favoráveis, mas, claro, serão necessários ajustes no decorrer da implantação em toda instituição. O Programa será benéfico para todos. Os servidores poderão trabalhar com metas a cumprir, planejando seu dia e a execução do seu trabalho, com horários flexíveis. Todos saem ganhando”, pondera.
Programa Piloto
Antes de apresentar à comunidade, um programa piloto foi realizado na Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) por cerca de 45 dias. “Depois que redigimos a Instrução Normativa Interna precisávamos de uma ferramenta tecnológica para apoiar a gente, a fim de fazer o acompanhamento e controle do cumprimento de metas e alcance de resultados. Optamos pelo SUSEP, um sistema de código aberto desenvolvido por órgãos públicos e que não gera ônus para a instituição”, disse Alexandre Diniz. Além disso, o SUSEP apresenta técnicas mais modernas de desenvolvimento e uma comunidade de servidores públicos trabalhando ativamente na sua melhoria contínua, lançando novas versões com boa frequência.
De acordo com Alexandre Diniz, a comissão deliberou a DTI para realizar o programa piloto porque os servidores lotados estão acostumados a lidar com as ferramentas tecnológicas. “O técnico de TI consegue verificar o sistema se é adequado ou não. Às vezes há especificações que tem que alterar e outros servidores talvez não conseguissem com a mesma rapidez que um técnico de TI”, comentou. O Programa de Gestão é uma iniciativa muito boa. Mas, no entanto, é um processo imaturo no poder executivo, principalmente quando se fala em instituição de ensino. Imagine que ele foi criado para o funcionamento dos órgãos em Brasília e quando a gente traz para nosso contexto, bate em alguns empecilhos para os quais não há resposta definida ainda. Então do ponto de vista dessa imaturidade e também da imaturidade dos sistemas que acompanham esse processo, a comissão imaginou que a DTI teria mais capacidade de se adaptar com mais velocidade para fazer as adequações necessárias e passar esse conhecimento durante o processo de implantação das outras unidades”, completou Itauan Eduão.
Depois da DTI, o programa também foi iniciado no Campus Glória. De acordo com a comissão, o Campus foi escolhido porque é uma unidade pequena. “Fizemos um sorteio entre os campi menores porque queríamos ver também a questão do ensino, que a DTI não tem, não é ligada a aluno, é mais administrativo. Aí colocamos Glória como uma representante de todos os campi”, explicou Alexandre. “No Campus Glória foi possível fazer a incorporação dos dados que têm especificidades na situação organizacional mesmo, por exemplo, tem um professor que é gerente de ensino e ao mesmo tempo ele é professor do mesmo campus. O sistema não aceita esses dois vínculos. A Comissão tem o entendimento de que o professor já desenvolve em sua rotina, atividades como se fossem do programa de gestão, porque o que é acompanhado nas entregas de trabalho dele é o desempenho, como turmas finalizadas, eventos com os quais ele organizou ou participou, por exemplo, e não apenas a carga horária de trabalho como acontece com o técnico administrativo”, explanou, Itauan.
O Sorteio
A comissão vai realizar um sorteio, na próxima sexta-feira (13), para escolher a ordem de implementação do programa de gestão nos campi e nas unidades administrativas da reitoria. “A gente sabe que é de interesse de todos. A escolha é para deixar bem transparente todo o processo. Então a gente precisa deixar claro também que não há preteridos ou preferidos”, disse Itauan.
Mas antes mesmo do sorteio ficou decidido que a PROGEP e a PRODIN serão as primeiras unidades a implantar o programa. De acordo com Alexandre, “É preciso ter uma vivencia com o SUSEP, esses setores já vêm trabalhando no programa e precisamos formar multiplicadores para depois tirar dúvidas dos demais servidores que foram aderindo ao programa de gestão. O IFS é a única instituição da rede a abrir para 100% dos servidores”, comentou.
Tempo de Implantação
Uma vez escolhida a ordem de implantação, o próximo passo é começar o processo de extração de dados de fontes diversas. “Do servidor, Siape, estrutura organizacional, enfim, e depois passar por uma etapa de validação desses dados, porque não podem ter discrepâncias sob pena de gerar impactos negativos no sistema e dificultar a operacionalização”, explicou Itauan. “É muito difícil estimar tempo porque, primeiro os campi variam de tamanho. Segundo, a gente sabe que virão excepcionalidades ou discrepâncias de dados que precisarão serem tratadas, temos um risco associado que não dá para garantir quanto tempo será necessário para cada local. Mas imagino, uma média de que seja necessária uma semana para os Campi menores e cerca de duas semanas para os maiores”, sentenciou.
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