Campi Estância e Socorro realizam aula inaugural do Curso de Eletricista de Sistemas de Energias Renováveis
Essas são as primeiras turmas do IFS na modalidade FIC
Por Anderson Ribeiro
Os campi Estância e Nossa Senhora do Socorro, do Instituto Federal de Sergipe, realizaram nesta quarta-feira (18), aula inaugural do curso de Eletricista de Sistemas de Energias Renováveis - referente aos Cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC). Os cursos FIC são destinados à inclusão produtiva de pessoas maiores de 18 anos e que tenham, pelo menos, o Ensino Fundamental completo (1º ao 5º ano).
De acordo com o professor Roberto Macena, coordenador do curso Técnico de Sistemas de Energias Renováveis do IFS, o curso foi ofertado pela linha de fomento Qualifica Mais EnergIF, executado por meio da Bolsa Formação, no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Esse tipo de curso é de curta duração e trata basicamente da instalação de sistema fotovoltaica. O curso vai ter duração de 3 meses em Estância; e em Socorro, de cerca de 5 meses. Mas a carga horária é a mesma 200h”, explicou Roberto Macena.
Aluno do curso no Campus Socorro, Wendell Max Araújo Cardoso, disse que escolheu o curso para ter mais conhecimento sobre a área de energia renováveis. “Tenho assistido inúmeros programas e entrevistas que dizem que o futuro da geração de energia no mundo são as matrizes energéticas limpas. A energia solar é uma dessas energias limpas. Quero ser um profissional dessa área porque as possibilidades de emprego são muito boas”.
Já o aluno Talyson Raony Santos Cruz, do Campus Estância, disse que a escolha pelo curso foi por ser uma oportunidade no futuro, pois vê um mercado abrangente. “Sou ex-aluno de Eletrotécnica do IFS Campus Estância, e vi nesse curso mais uma chance de aumentar as minhas capacidades profissionais; o mercado é promissor. Além de construir um conhecimento melhor no ramo da elétrica”, argumentou.
Geração de energia solar no Brasil
Em janeiro deste ano, o Brasil registrou o marco histórico de 13GW de capacidade instalada da fonte solar fotovoltaica em grandes usinas e em sistemas de pequeno e médio portes instalados em telhados, fachadas e terrenos, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Um crescimento de 160% da potência operacional, em menos de dois anos. Em abril de 2020 a capacidade instalada era de 5GW.
A geração solar distribuída é aquela em que os painéis solares são instalados na própria unidade consumidora ou em pontos próximos. Já a centralizada, a energia é produzida por grandes usinas, que é enviada aos centros urbanos por redes de transmissão e entregue aos consumidores por meio das distribuidoras de energia.
A Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) destaca que o crescimento da energia solar é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, tendo em vista que ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de mais aumentos na conta de luz da população.
Atualmente, 5.437 dos 5.570 municípios que compõem o território nacional já possuem ao menos um sistema solar instalado em estabelecimentos residenciais, comerciais, rurais, industriais e em prédios e serviços do poder público.
De acordo com estudos realizados pelo IFS para o Projeto Pedagógico do Curso Técnico de Nível Médio em Sistemas de Energia Renovável na forma integrada (PPC), até o 2º semestre de 2021 o volume de potência elétrica instalada à rede de distribuição de energia no Brasil, usando sistemas de geração de energia com painéis fotovoltaicos, têm aumentado de forma exponencial desde 2012 e além disso o custo de instalação destes sistemas tem reduzido de forma significativa, tornando o uso de energia solar uma realidade cada vez mais comum, nas indústrias, empresas, estabelecimentos comerciais e residências.
Ainda de acordo com o PPC, além da redução de custo de instalação, surgiram várias linhas de crédito e de financiamento de baixo custo de sistemas de energias renováveis, para pessoas físicas e jurídicas, o que torna ainda mais acessível a utilização deste tipo de energia. Vale destacar que além da questão sustentável da utilização de energia solar, por exemplo, há também o retorno financeiro sob o investimento, visto que é possível reduzir o valor da fatura de energia elétrica em até 95%.
Dados da Absolar sobre a energia solar fotovoltaica no Brasil, publicado este ano, mostra que Sergipe é o 23º estado brasileiro em Geração Distribuída do país, com uma potência instalada em MW de 0,6%, ficando à frente apenas dos estados da Região Norte – Amazonas (0,5%), Acre (0,3%) Amapá (0,2%) e Roraima (0,2%). Mas a situação do estado é promissora. De acordo com os últimos levantamentos feitos pela ANEEL, as cidades de Sergipe contam com um bom número de sistemas fotovoltaicos instalados, totalizando um crescimento de 213% nos últimos anos. O número de sistemas de energia solar residencial chegou a cerca de 490 somente na cidade de Aracaju, além de 144 em energia solar comercial.
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