IFS adotará novo sistema de Administração Pública em substituição ao SIG
Medida foi aprovada durante reunião do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação e Comunicação, realizada na última segunda, 17
Arquitetura moderna, intuitiva, inclusiva, inovadora e gratuita. Assim é o Sistema Unificado de Administração Pública (Suap), que está previsto para começar a ser implantado no Instituto Federal de Sergipe (IFS) ainda neste segundo semestre. A adoção desse sistema vem para substituir os Sistemas Integrados de Gestão (SIG), trazendo mais inovação e evolução na tecnologia de desenvolvimento e infraestrutura das diversas áreas que fazem parte da instituição.
A aprovação da adoção da nova plataforma aconteceu na última segunda, 17, durante uma reunião do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação e Comunicação (CGTIC), em que se reuniram a reitora, pró-reitores, diretores-gerais dos campi, dentre outros. Segundo Ruth Sales, reitora do IFS, a adesão à nova ferramenta só trará benefícios à instituição, já que é um sistema gratuito e com diversas funcionalidades.
“O SUAP é utilizado por mais de 70% da rede federal e nos ajudará a dialogar os vários módulos existentes, facilitando o trabalho das pró-reitorias, bem como dos campi. A gente observa um ganho tanto na questão financeira, quanto na questão de comunicação em relação a todas suas funcionalidades oferecidas – o que nos permitirá uma conversa maior entre as diversas áreas e disponibilização de módulos de forma adequada para nossa instituição”, explica Ruth.
Atualmente, o IFS faz uso do sistema SIG (Recursos Humanos, Acadêmico e Administrativo), criado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). No entanto, devido ao grande número de customizações (criações de recursos) realizadas no sistema para se adequar às necessidades das áreas de negócios e demandas legais, no que se refere à educação profissional, cientifica e tecnológica, ele se encontra distante da versão de referência da UFRN.
Marcos Pereira, diretor de Tecnologia e Informação (DTI) do IFS, ainda ressalta que as customizações do SIG, assim como sua sustentação e suporte técnico são realizados por uma empresa contratada, o que acarreta um impacto considerável no orçamento institucional, chegando a inviabilizar a realização de atualizações necessárias por indisponibilidade de recursos orçamentários.
O Suap foi criado e idealizado por um grupo de profissionais do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), no de 2007, por isso, será estabelecido um plano de trabalho entre IFS e IFRN, a fim de garantir um maior diálogo entre os Institutos e capacitações para uso do sistema.
“A execução do projeto permitirá aos Institutos o desenvolvimento de cooperação técnica nas áreas de tecnologia da informação e gestão pública, em que será executado o processo de implantação dos módulos e eventuais parametrizações (adaptações) do sistema para atender às necessidades institucionais, sustentação, suporte, treinamento da área de negócio e capacitação da equipe técnica IFS”, adianta Marcos.
Impactos da mudança no ensino
Uma das áreas que será mais impactada com a mudança de sistema é o ensino, afinal hoje o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) é a plataforma utilizada pela maioria dos servidores (no caso dos docentes para elaboração do diário, registros de frequência e nota, dentre outros) e por todos os alunos do IFS (matrícula, acompanhamento de notas, etc), por comportar a área fim do Instituto.
“Essa migração é importante primeiro porque precisamos realizar ajustes periódicos no SIGAA para que ele passe a atender as demandas da própria instituição e no nosso sistema acadêmico atual toda vez que precisamos ajustá-lo, necessitamos investir em recurso de capital, recurso este que é utilizado, por exemplo, para compras de equipamentos, pequenas reformas... Percebe-se que é um recurso cada vez mais escasso”, detalha o pró-reitor de Ensino, Alysson Barreto.
Alysson explica que ocorre uma queda orçamentária de recursos de investimento ao longo dos anos e o SIGAA, sob esse ponto vista, não é mais sustentável. Ele lembra que hoje a instituição tem uma demanda legal que deveria ser atendida que é a implantação do diploma digital, mas o IFS não dispõe de orçamento para investir nessa funcionalidade. “Com o Suap, essa demanda será atendida de maneira mais fácil, já que ele foi desenvolvido para atender os Institutos Federais, diferente do SIGAA, que foi desenvolvido para as universidades federais”.
Além disso, será possível a disponibilização de informações de uma forma mais simples e intuitiva, possibilitando o acompanhamento e análise de dados. Possibilitará ainda o atendimento de demandas relacionadas ao próprio corpo docente, como o preenchimento do Plano Individual de Trabalho (PIT), o qual atualmente já é feito no SIGAA, mas sempre necessitando de ajustes.
“Vale destacar também que o próprio Relatório Individual de Trabalho (RIT), que hoje os professores preenchem de forma manual, passará a ser digital; como também os requerimentos dos estudantes. Sem dúvidas, é uma série de benefícios que impactará positivamente a comunidade, mas reforço que todo processo de migração é algo delicado e, por isso, estamos trabalhando com a DTI para minimizar esses impactos para que aconteça da maneira mais tranquila possível. Estamos atuando no sentido de conscientizar a comunidade”, justifica Alysson.
Dados atuais - Suap
Este sistema informatizado hoje beneficia mais de 235 mil usuários, estando presente em mais de 62 instituições conveniadas, nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
No total, 12 módulos integram a plataforma: administração; documentos e processo eletrônicos; ensino, pesquisa e inovação; extensão; gestão de pessoas; desenvolvimento institucional; serviço social; saúde; central de serviços; comunicação social e tecnologia da informação. Entre suas inúmeras vantagens, destaca-se também a possibilidade de reaproveitamento de código de software e processos de outras instituições, servindo como exemplo de boas práticas adotadas em outras regiões.
Marcos detalha que a previsão de início de implantação do sistema ocorrerá no final de setembro deste ano, tendo a duração de um ano e meio e devendo ser ajustado de acordo com o calendário acadêmico.
“Após deliberação do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação e Comunicação, daremos prosseguimento ao repasse financeiro, por meio da Pró-reitoria de Administração (Proad), de transferência tecnológica firmado entre o IFS e o IFRN, auxiliando assim no processo de implantação”, diz o diretor de Tecnologia e Informação.
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