IFS realiza capacitação de servidores para bancas de heteroidentificação
Curso foi em parceria com o Instituto Braços
Na última segunda-feira, 27, foi realizada no auditório do Centro de Pós-graduação do IFS, das 8h às 13h, capacitação de servidores para as bancas de heteroidentificação étnico-racial dos nove campi da instituição. O curso foi organizado pela Pró-reitoria de Ensino (Proen), por meio do Departamento de Gestão de Ingresso (DGI) e pela Comissão Central de Heteroidentificação do IFS, em parceria com o Instituto Braços; uma organização da sociedade civil, sem fins econômicos, criado em 2006 por um grupo de militantes oriundos de duas experiências muito significativas em Sergipe.
Uma parte foi remanescente da então Sociedade Afrosergipana de Estudos e Cidadania- SACI, que por uma década pautou o debate de enfrentamento ao racismo e em defesa da igualdade e da cidadania com identidade para o povo negro no Brasil e em Sergipe. Outra parte do grupo veio do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua que também conseguiu pôr na agenda política o debate sobre as condições de sub cidadania a que crianças e adolescentes, jovens, homens e mulheres pretas e pobres são submetidas.
Para expor as questões de heteroidentificação ético-racial, foi convidado o professor Robson Anselmo Santos, coordenador geral do Instituto Braços, parceiro do IFS desde 2020, quando foi implantado esse tipo de processo realizado por bancas na instituição. Para o pró-reitor de Ensino, Alysson Barreto, o instituto respeita o indivíduo e sua história. “É importante ressaltar que a heteroidentificação no IFS vem sendo conduzida com sensibilidade e respeito, considerando a identidade e a experiência de vida dos indivíduos, e alinhada com os princípios de igualdade e justiça social”, disse o pró-reitor de Ensino, Alysson Barreto.
Já para Gildevana Ferreira, presidente da Comissão Central de heteroidentificação do IFS desde sua implantação e chefe do DGI, as bancas implantadas na instituição vêm consolidar políticas já existentes, evitando injustiças ou perdas para os candidatos a uma vaga nos diversos cursos do IFS. “A heteroidentificação tem como objetivo combater fraudes nas políticas de cotas raciais, garantindo que essas políticas sejam destinadas realmente àqueles que enfrentam desvantagens sociais devido à sua raça ou cor”, ressaltou.
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