Interesse pelos livros aumenta após profissionalização de procedimentos
Reconhecimento da evolução na área de informação veio através do Conselho Regional de Biblioteconomia
A figura de linguagem “comer com os olhos” extrapola o universo gastronômico. Em uma biblioteca, por exemplo, a disposição padronizada do acervo, o ambiente aconchegante, o atendimento cortês e qualificado e a rapidez no processo de empréstimo, renovação e devoluções despertam o desejo do usuário para o consumo das obras e aumentam consideravelmente as chances de retorno ao espaço. Dentro do Instituto Federal de Sergipe (IFS), o trabalho desenvolvido nas bibliotecas - desde 2011, quando saltaram de 3 para 11 – é incansável no sentido de qualificar profissionais e disponibilizar obras em quantidade suficiente para a prática educativa. O reconhecimento do esforço não tardou a vir: o Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB), através de ofício, congratulou a instituição pela condução profissional das suas unidades informacionais.
O documento aponta os resultados satisfatórios da fiscalização realizada pelo CRB no IFS e a constatação de que a instituição está empenhada em prover os cargos de chefia com profissionais com formação de nível superior em biblioteconomia. Além disso, reconhece a qualidade técnica nas atividades de documentação, normalização de documentos, análise de trabalhos técnicos e científicos, organização de base de dados virtuais e apoio na documentação para processos de certificação de qualidade. Os elogios refletem, de fato, os esforços empenhados: além de gerir dez bibliotecas, outras cinco coordenações são responsáveis por atuar em serviços ligados à padronização e à conservação do acervo.
Evolução
A importância de uma biblioteca em perfeito funcionamento pode ser observada por toda a comunidade acadêmica, formada por gestores, servidores e alunos, visto que todos esses públicos têm possibilidade de desenvolver pesquisas financiadas pelo IFS, bem como dar prosseguimento aos seus estudos em nível de pós-graduação. Um dos técnicos administrativos que percebe a evolução da biblioteca do Campus Itabaiana, unidade da qual faz parte, é o técnico em audiovisual José Cícero do Nascimento. Ele explica que possui contato frequente com o espaço e observa que os frequentadores nunca saem sem satisfazer suas necessidades bibliográficas. “Se eles buscam uma obra para alguma atividade científica e, por ventura, a biblioteca não a possui no acervo, recebem a indicação de obra semelhante que também aborda o assunto do seu interesse. Isso é comprometimento e preocupação com o usuário”, acentua Cícero.
A congratulação do CRB não representou surpresa para diretora-geral de bibliotecas, Kelly Cristina Barbosa. Segundo a gestora, a estruturação da Diretoria-geral de Bibliotecas (DGB) possibilitou o desenvolvimento de um trabalho padronizado em todas as bibliotecas tanto em termos de aquisição de material bibliográfico – físico ou virtual -, equipamentos de tecnologia e mobiliário. “O tratamento e a disseminação da informação nas bibliotecas e a uniformização da oferta dos serviços prestados tiveram um impacto bastante positivo na avaliação dos nossos usuários e no julgamento do Ministério da Educação (MEC).
Além dos serviços de rotina, as bibliotecas estão empenhadas na aproximação com os seus usuários através da promoção de ações artísticas e culturais, como os projetos Bibliocine, que promove exibições de filmes seguidas de debate, e o Bibliotroca, no qual os alunos são incentivados a compartilhar os livros já lidos e receber outro nas mesmas condições de um colega. Outras iniciativas empreendidas pelas bibliotecas de todos os campi são Café Literário, Saraus, concursos de literatura, palestras, lançamentos de livros, premiações de leitores e o xadrez na biblioteca.
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