Contra desperdício, professor desenvolve projeto que aproveita peles de frango para produzir sabonete artesanal
A ideia de transformar pele de frango em sabonete artesanal surgiu quando Wendel Menezes Ferreira, professor de química do Instituto Federal de Sergipe – Campus Itabaiana, foi comprar carne no abatedouro. Após descobrir que a destinação das sobras da ave era o lixo, pensou que poderia aproveitá-las de forma útil e sustentável. A ideia de Menezes amadureceu, ganhou forma e se tornou o projeto de pesquisa “Sabão de pele de galinha: investigando ações de sustentabilidade econômica e ambiental”, que existe há menos de 1 ano e tem a conclusão prevista para este semestre.
O objetivo principal da pesquisa, que encontrou financiamento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex), é desenvolver um sabão de baixo custo, fácil fabricação e útil para limpeza em geral e ainda contribuir com a redução dos resíduos de abatedouros que são lançados no meio ambiente. O produto foi batizado de Ecococó – combinação da palavra ecologia e do som produzido pela galinha.“A ideia é sensibilizar a comunidade e promover ações educativas que contribuam para a melhoria da qualidade ambiental”, diz Wendel.
O modo de preparo do sabonete artesanal é simples e dispensa conhecimentos avançados sobre preparação de produtos químicos. O experimento inicia com a inclusão de água em um recipiente. Após isso, deve-se adicionar hidróxido de sódio e mexer com movimentos circulares até dissolvê-lo. Em seguida, adiciona-se a pele de galinha e mistura todos os elementos com uma colher por 10 minutos. Para finalizar, é necessário incluir, separadamente, polvilho, detergente e amaciante – mexendo os ingredientes até diluir.
Parceria com o Mulheres Mil
O projeto “Sabão de pele de galinha” foi apresentado às alunas do curso de Reciclador do Programa Mulheres Mil. Na ocasião, elas assistiram a uma oficina ministrada pelo professor Wendel com a ajuda de alunos. Maria Elisângela da Trindade foi uma das estudantes que colocou a mão na massa e aprendeu a dar uma melhor destinação aos resíduos de frango. “Hoje temos a necessidade de cuidar do meio ambiente. Além disso, descobrimos o valor do sabão depois que entendemos como ele é feito”, explica.
Parceria com o Mulheres Mil
O projeto “Sabão de pele de galinha” foi apresentado às alunas do curso de Reciclador do Programa Mulheres Mil. Na ocasião, elas assistiram a uma oficina ministrada pelo professor Wendel com a ajuda de alunos. Maria Elisângela da Trindade foi uma das estudantes que colocou a mão na massa e aprendeu a dar uma melhor destinação aos resíduos de frango. “Hoje temos a necessidade de cuidar do meio ambiente. Além disso, descobrimos o valor do sabão depois que entendemos como ele é feito”, explica.
Paulo Franklin Tavares, bolsista do projeto, acredita que a pesquisa é interessante por preservar o meio ambiente e conscientizar grupos sobre a causa. “Estamos combatendo a degradação do nosso planeta. Os abatedouros desperdiçam a pele da galinha, que para nós tem um valor imenso, pois transformamos em algo útil”, diz Paulo.
O projeto está caminhando para a fase final. As próximas etapas incluem a realização de oficinas com funcionários de abatedouros de Itabaiana cujo objetivo é ensiná-los a aproveitar a gordura da ave. “Faremos também o teste de aceitabilidade para saber se as pessoas usariam ou não o sabonete que produzimos”, explica Wendel, que diz ainda que faz parte do projeto desenvolver o design e lançar o sabonete como produto.
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