Ex-aluno do Campus Estância inicia carreira promissora na Engenharia 4.0
Engenheiro abre empresa que desenvolve soluções tecnológicas para a construção civil
Por Carole Ferreira da Cruz
Desenvolver soluções tecnológicas na construção civil é a especialidade do engenheiro formado pelo Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância, Lincoln Costa Modesto dos Santos, 26 anos, que acaba de abrir a empresa Pockettech ligada à Engenharia 4.0. O egresso, que começou seu negócio prestando serviço para uma startup baiana, optou por um segmento promissor ainda pouco explorado na profissão e já ingressa no mercado com um grande diferencial.
Ao longo do curso, Lincoln sempre apresentou aptidão para a área tecnológica e chegou desenvolver um software inovador para melhor a segurança das estruturas de escoras de lajes, que acabou sendo patenteado pelo IFS. O aplicativo móvel batizado de Reescore Lajes nasceu com o objetivo de otimizar uma das etapas mais negligenciadas na construção e foi registrado junto ao INPI, responsável pelo gerenciamento da propriedade industrial no país.
O app patenteado foi resultado do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e vem passando por atualizações e novas versões. Lincoln continua vinculado ao IFS como voluntário do projeto de pesquisa do professor e coordenador do curso de Engenharia Civil do Campus Estância, Thiago Augustus Remacre Munareto Lima, que está prestes a evoluir para um startup encubada no campus com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de produtos tecnológicos voltados à construção e atrair mais alunos para a área.
O egresso pretende crescer e alcançar o máximo do seu potencial, mas sem deixar de compartilhar seus conhecimentos com aqueles que estão começando na profissão. “Ao longo da minha trajetória dentro do curso, acabei desenvolvendo e prototipando algumas ferramentas e aplicações junto ao professor Thiago Remacre. Mas agora que já me formei, precisamos de mais discentes para contribuir, participar de editais, desenvolver e dar prosseguimento ao projeto e, em paralelo, acabar me desenvolvendo mais como programador e engenheiro”, destacou.
Perfil diferenciado
Segundo Remacre, Lincoln sempre se destacou nas disciplinas e projetos de iniciação científica ligados à construção civil 4.0, que reúne o que há de mais avançado no canteiro de obras, seja em termos de monitoramento, ganhos de procedimentos e processos. “Ele tinha apetite por conhecer algo novo e ser provocado nas suas capacidades para além do que precisa aprender no curso. O aluno precisa ter um processo de metodologia muito claro para poder criar uma rotina e enxergar o início, meio e fim do algoritmo e assim desempenhar a contento algumas funções na área de tecnologia”, observou.
O grande diferencial do engenheiro 4.0 é ter a capacidade de observar o problema, propor, validar e implementar a solução numa linguagem de máquina, ou seja, de programação. “O desenvolvedor sem formação em Engenharia não consegue observar o problema e chegar a uma solução, mas apenas codificar a solução. Já um profissional com as habilidades de Lincoln pode fazer o processo ponta a ponta, que inclui observar o problema, avaliar quais hipóteses válidas para solucioná-lo, implementar em termos de linguagem de máquina e fazer os testes necessários até aprimorar a solução”, explicou.
Sobre a Engenharia 4.0
Com o desenvolvimento acelerado das tecnologias digitais, a Engenharia Civil incorporou novos conhecimentos e habilidades. O mercado tem demandado profissionais mais qualificados que sejam capazes de lidar com linguagem de programação, robótica, inteligência artificial, etc. Passaram a fazer parte da rotina do engenheiro aplicativos que ajudam a listar e organizar rotinas de trabalho; softwares e plataformas que contribuem para o planejamento e a gestão de projetos; programas de desenho técnico e construção de modelos 3D; e robôs que auxiliam nas linhas de produção.
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