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RESISTÊNCIA

Campus Estância promove atividades artísticas e debates no Mês da Consciência Negra

Criado: Quinta, 24 de Novembro de 2022, 12h46 | Publicado: Quinta, 24 de Novembro de 2022, 12h46 | Última atualização em Quinta, 24 de Novembro de 2022, 14h05

Programação incluiu apresentação de dança afro, rodas de literatura negra e palestra com comunidades quilombolas

*Por Carole Ferreira da Cruz

ConsciênciaNegraCapaEm alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância fomentou atividades artísticas, debates e reflexões entre os estudantes. A programação ocorreu ao longo de todo o mês e incluiu apresentação de dança afro, rodas de literatura negra e palestra com comunidades quilombolas, numa perspectiva interdisciplinar.

A primeira atividade foi a aula de dança afro-brasileira na vivência do campus, conduzida pelo dançarino e coreógrafo Fábio Sabath, graduado em Dança pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e fundador do Centro de Movimento e Arte. Os alunos se conectaram com a força da ancestralidade brasileira e a inestimável contribuição dos povos originários para a formação da cultura do país. A iniciativa foi da coordenadora da biblioteca Gilberto Amado, Ingrid Fabiana de Jesus Silva.

ConsciênciaNegra6Estudante do curso técnico de Eletrotécnica na modalidade integrada e monitora do DancIFS, Jamilly Campos viu a oficina como um caminho para que o IFS abra ainda mais espaço para a arte. “A aula foi muito boa, foi muito produtiva. Tivemos a oportunidade de trocar conhecimentos e conhecer mais sobre a modalidade afro. Sabath é um professor excelente. Foi uma experiência muito rica, maravilhosa!”, comemorou.

Tamanho entusiasmo contagiou Fábio Sabath. “Foi a primeira vez que todas as turmas ativas se encontraram. E que encontro! Cada uma dessas pessoas viveu e sentiu esse momento de uma maneira única e todos levaram pra casa a sensação mais potente e verdadeira: dançar é libertador! Mover a si mesmo para mover tudo a sua volta. Mover para comover! Esse coletivo está de parabéns pela noite espetacular que promoveram. Vocês são oficialmente co-fundadores do Centro de Movimento e Arte”, escreveu em seu perfil no instagram.

Escritoras negras

ConsciênciaNegra3As rodas de leitura com textos de escritoras negras ocorreram no âmbito da disciplina Português, sob a orientação da professora Alci Neves, com a participação da bibliotecária Ingrid Fabiana e do poeta e estudante de história Yoran Rayckard Nascimento Santos, idealizador do Sarau Além da Ponte. Foram estudadas as obras de Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo, Jarid Arraes, Maya Angelou, Chimamanda Adichie e Cristiane Sobral.

A próxima autora a ser trabalhada é Carolina Maria de Jesus, que escreveu “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, um livro autobiográfico publicado em 1960 que relata sua vivência como moradora da favela, mãe e catadora de papel. “Nas rodas de leitura colocamos pra fora todas as nossas dores. Como diz a escritora Conceição Evaristo, a ‘escrevivência’ é uma forma de partilhar o que nós vivenciamos. Foi muito forte e transformador”, afirmou a bibliotecária.

LabLinguaAs disciplinas de Português e Espanhol desenvolveram o projeto “Nossa América, nossa África”, sob a coordenação da professora Advanusia Santos Silva de Oliveira. Os alunos dos cursos técnicos integrados elegeram um tema sobre cultura, história e linguagem indígena e afro, fizeram pesquisas e elaboraram pôsters que estão sendo publicados diariamente no perfil do Laboratório de Língua (@lablíngua) no instagram.

Comunidades quilombolas

O encerramento do mês da Consciência Negra contou a palestra “Quilombo Porto D’areia e sua história de Luta”, ministrada pelo assistente social José Wellington Fontes Nascimento, da Coordenação Nacional das Comunidades Rurais Quilombola (CONAQ), coordenador Estadual do Movimento Quilombola de Sergipe (MOSQ) e presidente da Associação do Quilombo do Porto D’areia. Também participou do debate o mestre Saci, da Maloca, o primeiro quilombo urbano de Aracaju.

ConsciênciaNegra quilomboA palestra foi organizada pela professora de Geografia, Márcia Maria de Jesus Santos, como forma de valorizar a importância histórica de resistência dos povos escravizados em Sergipe. “Essa atividade permitiu a troca de saberes entre todos os participantes e ajudou os alunos a compreender melhor o processo histórico desigual que perdurou no Brasil por 300 anos. Foi muito gratificante participar desse momento e resgatar um lado da história que muitas vezes foi negligenciada ou esquecida”, afirmou.

Para Roberta dos Santos Almeida, do curso técnico de Sistemas de Energias Renováveis, dar visibilidade aos povos historicamente silenciados é fundamental para construir um país melhor no futuro. “É muito importante termos cada vez mais momentos como esse nas escolas e instituições. Abriu mais minha visão na questão de valorizar as comunidades excluídas da sociedade. Conhecer a cultura mais de perto dos quilombolas foi marcante e inesquecível, que cultura rica!”, destacou.

 

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