Alunos do Campus Estância aprendem na prática durante visitas técnicas
No primeiro semestre deste ano os alunos do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância participaram de importantes visitas técnicas para a aquisição de conhecimentos práticos que complementaram o aprendizado em sala de aula. Essas atividades de campo, que integram a grade curricular dos cursos técnicos e de nível superior, despertam na comunidade estudantil um maior estímulo em relação às disciplinas estudadas e a área de pesquisa.
Alguns dos locais visitados foram: a estação de tratamento de água do Rio Piauitinga, em Estância; a unidade experimental de criação de ostras do povoado do Pontal, em Indiaroba; o ecossistema manguezal de Porto do Mato, em Estância; o Museu da Gente Sergipana, em Aracaju; as cerâmicas São José e Olegário, em Itabaianinha, e Mandeme, em Itabaiana; a usina de Xingó, em Canindé do São Francisco; a fábrica Escurial Revestimento Cerâmico, em Nossa Senhora do Socorro; a fábrica de sorvete Duas Rodas, em Estância; a BR-101, no trecho entre Estância e Lagarto; e a obra Recanto Verde, em Estância.
No último dia 30 de junho, os alunos dos cursos de Engenharia Civil e de Edificações puderam observar várias etapas do funcionamento da estação de tratamento de água do Rio Piauitinga, administrada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Estância (SAAE). “Tivemos como mostrar na prática noções de saneamento básico, etapas de tratamento de água, gestão de recursos hídricos, além da importância do uso racional da água e das propriedades físico-químicas da água”, explicou o coordenador do curso de Engenharia Civil, Matheus Conceição.
Acompanharam a visita o técnico em análises químicas Manuel Wellington Araujo Santos Filho, da SAAE, e os professores Matheus Conceição, Anna Cristina Araújo e Elaine Lima, que ministram as disciplinas: Introdução à Engenharia Civil e Práticas de Instalações Hidrossanitárias. A estação do Rio Piauitinga trata um volume de água de 12.760 m3/dia e atende a uma população de 59.378 habitantes, localizada na área do perímetro urbano.
Recursos Pesqueiros
As turmas do primeiro e quarto períodos do curso de Recursos Pesqueiros tiveram a oportunidade de conhecer uma unidade experimental de criação de ostras gerenciada pela Associação de Moradores do povoado Pontal e periferia, no último dia 20 de junho. Durante a visitação, foi possível visualizar na prática as diversas etapas envolvidas no cultivo de ostra, presenciar alguns sistemas (Tradicional e BST) e estruturas empregadas e conhecer o potencial dessa atividade.
Além disso, os estudantes puderam vivenciar o ecossistema manguezal, entender sobre o equilíbrio existente entre a ostreicultura e o meio ambiente e ter contato direto com as ostras cultivadas. “Para isso, foi necessário entrar no mangue, ou seja, colocar o pé na lama. Os alunos estavam tão empolgados que não hesitaram em se banhar nas águas do rio Real e em se sujar de lama”, relatou o professor Marcelo A. Soares Rego, que acompanhou a visita justamente com a professora Isabela Bacalhau.
Para a comunidade estudantil, é fascinante poder vislumbrar a partir do contato com a realidade aquilo que será vivenciado no futuro durante o exercício profissional. “As visitas técnicas nos trazem para a realidade e nos dão uma visão mais completa do curso, de modo que possamos compreender como iremos exercer nossa profissão. É, sem dúvida, uma experiência marcante e que nos enche de motivação”, destacou a aluna Geilza Torres Araújo.
Segundo o professor Marcelo Soares, a atividade de cultivo de ostras tem grande potencial de desenvolvimento na região sul de Sergipe devido aos diversos estuários existentes e ao clima favorável do estado. “Sendo mais uma oportunidade de trabalho para os profissionais da área, além de possibilitar a produção de alimento saudável de forma sustentável por não causar impactos negativos no meio ambiente”, informou.
A unidade de cultivo de ostra do Pontal é financiada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) através do projeto AquiNordeste, que busca dinamizar de forma sustentável a aquicultura e a pesca na região nordestina. O projeto incluiu diversas ações para fortalecer a cadeia produtiva da aquicultura - com destaque à criação de ostras e ao cultivo da tilápia e dos tambaquis –, voltadas para pequenos piscicultores, pescadores artesanais, de pesca amadora e demais empreendedores do setor.
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