Café Literário encerra mês da Consciência Negra no Campus Estância
Evento contou com música, poesia, vídeo, teatro, palestra e apresentação de grupos culturais
O Café Literário encerrou as comemorações do mês Consciência Negra no Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância, que se entenderam ao logo do mês de novembro. O evento, promovido pela Biblioteca Gilberto Amado, teve como tema ‘Cosi cwé, cosi orixá: salve as folhas!’ e contou com música, poesia, vídeo, teatro, palestra e apresentação de grupos culturais.
Para a coordenadora da biblioteca, Ingrid Fabiana de Jesus Silva, o Café Literário veio contribuir para o fortalecimento da lei 10.939/03 no campus, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. “Foi um evento enriquecedor para o currículo dos alunos. Trouxemos o ensino por meio da palestra, a história por meio da apresentação teatral e a cultura por meio da capoeira, da música e da poesia”, enfatizou.
A abertura teve início com a exibição de um vídeo falando das folhas e de sua ligação com a cultura afro. Em seguida se apresentou o grupo de dança teatral Raízes e Religiosidade, da Escola Municipal Laura Cardoso Costa, sob a coordenação do professor Weverton Barbosa Santos. “Os integrantes do grupo fazem parte da comunidade local, o que fortalece os laços do campus com os mesmos”, destacou Ingrid Fabiana.
A programação contou ainda com a palestra da yalorixá Sandra de Oyá, que abordou questões como preconceito, escravidão, cultura afro e seus significados, assim como as folhas e suas propriedades medicinais. Também participaram do evento o aluno Talisson Nascimento Santos, que mostrou sua habilidade com o trompete, o servidor Márcio Rosa, que apresentou um recital de poesias, e o grupo de capoeira do mestre Santos.
“Ter tocado trompete no evento foi maravilhoso, pois me deu a oportunidade de contribuir com uma ação que é nossa e valoriza a consciência negra. Atividades como essa ajudam os meus colegas a adquirir ou complementar seu conhecimento sobre a importância da história e da cultura afro-brasileira”, afirmou Talisson, que cursa o 1º ano em Edificações na modalidade Integrado.
Sobre a data
O 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, passou a ser comemorado no Brasil a partir de 2003 para demarcar a luta dos afro-brasileiros contra o racismo e em defesa dos direitos humanos. A data refere-se à morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares, o mais importante espaço de resistência e luta contra escravidão no país. O 20 de novembro foi durante 30 anos reivindicado pelo Movimento Negro para reverenciar essa história de luta, em contraposição ao 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura.
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