Campus Estância usa cinema como recurso didático para ensino da História
Conteúdo audiovisual serve como um facilitador do processo de ensino-aprendizagem dos alunos e da comunidade externa
Olhos curiosos e atentos. De repente, uma pausa no silêncio. É hora de relaxar: brincadeiras, risos e muita pipoca com refrigerante para acompanhar! Assim têm sido as sessões de cinema no Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância desde que foi implantado o projeto “A história na sala de aula: o uso do cinema como um instrumento de ensino-aprendizagem”, de autoria do professor Rafael Pinheiro de Araújo.
O projeto de extensão, aprovado no Programa Institucional de Bolsa de Extensão (Pibex/2017), objetiva usar o recurso audiovisual como facilitador do processo de ensino-aprendizagem dos alunos e da comunidade do entorno do campus, que pode participar das exibições mediante inscrição. A primeira e segunda sessões debateram os fenômenos do fascismo e do nazismo no mundo a partir dos filmes O grande ditador e Hannah Arendt.
Segundo o professor Rafael Pinheiro, foram escolhidos para debater com o público dez temas vinculados à História contemporânea que possibilitam um diálogo com outras áreas do conhecimento, numa perspectiva interdisciplinar. “Nosso objetivo é incrementar a formação acadêmica nessas temáticas e permitir a formação cidadã dos envolvidos nas atividades”, ressaltou.
A tentativa de diálogo com outras áreas do conhecimento é um dos diferenciais do uso do cinema em sala de aula. “O projeto conta com o envolvimento dos docentes das disciplinas de Português, Geografia, Inglês, Arquitetura e Biologia do campus. Os temas selecionados decorrem da necessidade de formarmos cidadãos comprometidos com o desenvolvimento da sociedade”, destacou Rafael Pinheiro.
Debate
Os estudantes aprovaram a iniciativa e participaram do debate com entusiasmo. “Eu já tinha estudado esse tema do fascismo, mas assistir ao filme ajudou a compreender melhor e fixar o assunto. Achei impressionante e original o duplo papel do Charles Chaplin como o ditador e o barbeiro, que mostrou muito das relações humanas e de poder”, afirmou Gabriel Cardoso, 17 anos, do curso de Aquicultura na modalidade Integrado.
Para Luiz Gustavo de Matos Matevelli, 16 anos, do curso integrado de Eletrotécnica, o filme O grande ditador revelou diversos aspectos condenáveis na postura de autoridades e políticos do Brasil. “Foi impressionante entender como Hitler se aproveitou da crise e do sofrimento do povo da Alemanha para implantar o Nazismo”, observou.
Segundo Davi Nascimento dos Santos, 18 anos, do curso de Engenharia Civil, a obra de Chaplin conseguiu manifestar o que se passava ainda na metade da guerra e deve ser observada nesse contexto histórico para que seja entendida. “O debate é um apoio para esse entendimento e surge justamente da justaposição da visão moderna sobre os acontecimentos, dados do pré-guerra e eventos que transcorreram durante, do ponto de vista do diretor e da história”, analisou.
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