Projeto Pré-Enem prepara os estudantes do Campus São Cristóvão para o Exame
O projeto, criado em 2016, já atendeu mais de 500 estudantes
O Instituto Federal de Sergipe (IFS)- Campus São Cristóvão promove aulas gratuitas para os estudantes da unidade de ensino, com o objetivo de prepará-los para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As aulas acontecem sempre às sextas-feiras e, neste ano, iniciaram no mês de junho. Assim, o processo preparatório alcança um grande número de discentes, por um longo período, não ficando restrito às revisões.
O projeto foi idealizado pelos professores Cristiane Montalvão, Elson Lima e, conforme explica Cristiane, teve imediato apoio do professor Francisco Nogueira, atual gerente de ensino do Campus. Oriunda da rede particular de ensino, que disponibilizava cursos destinados aos processos seletivos para as universidades, Cristiane vislumbrou a possibilidade de ofertar as aulas, gratuitamente, aos estudantes do Campus São Cristóvão. Para ela, a maior recompensa é a alegria gerada pelo bom desempenho dos estudantes nas provas.
Como um dos fatores relevantes para o êxito do curso está a composição da equipe de docentes que constitui a atividade. “As ações do projeto de ensino Pré-Enem, desenvolvidas em parceria com os professores do núcleo básico do Campus São Cristóvão, foram marcadas por muitos momentos de aprendizagem, trocas riquíssimas com os estudantes e muito empenho de cada envolvido, cada envolvida”, avalia a professora Jocelaine Oliveira dos Santos, atual coordenadora do projeto.
A associação de conteúdos enriqueceu as discussões. “Nas aulas integradas, por exemplo, foi possível perceber como a interdisciplinaridade possibilita ampliar debates, fomentando as competências que o Enem tanto espera dos nossos estudantes”, frisa.
Os discentes apreciaram o formato das aulas. “Eu estava nervoso para a prova, mas percebi (durante as aulas) que os conteúdos não são difíceis. Quero agradecer a professora Jô. Ela me ajudou a melhorar a redação. Agradeço, também, às professoras Gleise, Montalvão e ao professor Daniel, por me darem repertório para resolver todas as questões”, destaca Davi Santana dos Santos. A estudante Alessandra da Silva concorda: “as aulas são interessantes, gostei muito. Reforça o interesse do estudante pelos conteúdos”, afirma.
O estudante Luiz Henrique da Silva pretende ingressar no curso de Química. “Espero, por meio do conhecimento adquirido, obter uma boa nota para ter acesso à universidade”, garante.
Hoje, 18, acontece a última aula, com a revisão dos conteúdos de ciências da natureza e matemática, disciplinas das provas que serão aplicadas no próximo domingo, 20. “A expectativa é de que os discentes possam realizar as provas, acionando os conteúdos aprendidos e, sobretudo, lembrando que esta é a primeira grande prova no contexto de pós-ensino remoto. Isso significa ser cordial consigo, com seus processos e focar no que é possível realizar, da maneira mais adequada possível”, enfatiza a professora Jocelaine.
Preparação
Instituído por meio da Portaria 438, de 28 de maio de 1998, o Enem passou por diversas modificações na sua concepção e estruturação. A partir de 2009, o Exame é utilizado por diversas instituições de ensino superior, no Brasil e no exterior, como forma de ingresso nos cursos de graduação. Além disso, habilita os estudantes para participação em programas de bolsas e financiamentos. Assim, é possível compreender a apreensão dos estudantes, especialmente às vésperas das provas.
Para amenizar os impactos da inquietude, tão natural neste momento, a Coordenadoria de Saúde Escolar (Cose) do Campus São Cristóvão realizou, na última sexta-feira, 11, a Oficina de Alívio da Ansiedade. “Em tempos de pressão, sobretudo em momentos como os que antecedem provas e concursos, esquecemos como se faz para adquirir equilíbrio para passar por eles. Assim, a proposta da oficina é, além de abrir espaço para a troca de expectativas e experiências, vivenciar, de forma prática, técnicas simples de meditação e relaxamento que proporcionam tranquilidade, consciência e autoconfiança”, explica Ana Cecília Barbosa, psicóloga institucional.
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