Startup: estudantes do Campus São Cristóvão participam de mentoria
Modelo desenvolvido pela JA Startup Imersão capacita e premia participantes
Tecnologia, criatividade, inovação e rentabilidade são fundamentos para a criação de uma startup. Para explorar esse ambiente, fomentar ideias e negócios, a JA Startup Imersão conduziu os estudantes do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus São Cristóvão a uma jornada de conhecimento que culminou na premiação dos participantes, na última sexta-feira, 25, em um dos auditórios do SENAC.
Os mentores, durante quatro dias, assistiram e conduziram os estudantes no processo de criação de uma startup do zero. Segundo Adriana Riquelme, uma das organizadoras da atividade, o Campus São Cristóvão foi escolhido por apresentar alguns critérios requeridos aos estudantes, entre eles, a inserção no meio rural. “Nós que estamos na mentoria dos alunos, ficamos surpresos. Eles têm habilidade nessa área de internet, eles são muito desenrolados. Foi o grupo de alunos com maior capacidade e facilidade de aprendizagem. Eles são muito bons”, afirma.
Diego Teixeira, executivo da Salesforce, empresa de softwares na área de relacionamento, alerta sobre a carência de profissionais do segmento em Sergipe e observa o evento como uma oportunidade ímpar para identificar talentos, incentivá-los ao empreendedorismo e atuação nesse mercado promissor.
Negócio
A imersão proporcionou, em pouco tempo, a concepção de negócios. Os estudantes foram provocados e conceberam interessantes modelos de startups. Alguns desses empreendimentos partiram da realidade experimentada pelos criadores. “Percebemos que muitos integrantes do grupo têm parentes que sofriam em consequência da má alimentação. Então, a gente observou a possibilidade da criação de algo para beneficiar as pessoas”, destaca Victor Hugo Nascimento, integrante da equipe que apresentou uma proposta de startup na área de alimentação saudável e saúde.
Para montar um projeto é importante os estudantes conhecerem e se integrarem ao ecossistema das startups. Precisam perceber os desafios que surgirão durante o processo, bem como adotar estratégias para superá-los. Jamylle Araújo, fundadora da empresa Orgânicos à Mesa, incentivou os estudantes na busca pelo ineditismo. “É preciso pensar sobre novos caminhos e não ter medo de errar”, defende.
Premiação
Adriana explica que os mentores ficaram surpresos com os projetos construídos. Acredita que a imersão impactou positivamente os estudantes. Para ela, os participantes se tornaram realizadores, ao saírem do âmbito da imaginação e colocarem as propostas em prática.
Conforme Luíz Johnson Alves, aluno participante, a iniciativa foi totalmente inovadora. “Foi uma experiência que repetiria muitas vezes”, ressalta. A discente Carmem Santos classificou a atividade como uma das melhores experiências da vida escolar. “É realmente um processo de imersão, com muitas descobertas. Quem tiver oportunidade, deve participar”, recomenda.
Sete equipes concorreram ao prêmio de 2 mil reais. Os negócios concebidos foram nas áreas de: alimentação saudável e saúde, infraestrutura urbana, inserção no mercado de trabalho, mobilidade rural, combate ao desperdício de alimentos, farmácia, contratação de profissionais para manutenção e reforma. A equipe premiada desenvolveu o projeto acerca da alimentação saudável e saúde. Contudo, em práticas como essa, a premiação é um detalhe quando comparada aos ganhos individuais e coletivos na esfera do conhecimento.
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