Canadá é destino mais escolhido entre alunos que fazem intercâmbio
Alunos do IFS mostram que participar de programas de mobilidade internacional é uma realidade também na rede pública de ensino
Fazer intercâmbio em outro país, ter contato com outras culturas, incrementar o currículo, aprender uma língua estrangeira. Tudo isso era uma realidade apenas para estudantes de nível superior pertencentes a famílias abastadas, que poderiam arcar com todos os custos da viagem. O lançamento do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) pelo Governo Federal, em julho de 2011, mudou esse panorama.
Até janeiro de 2016, de acordo com o último levantamento realizado pelo governo, mais de 90 mil bolsas foram ofertadas. No Instituto Federal de Sergipe (IFS), 35 alunos já participaram do programa. “O instituto participa tanto de programas do Governo Federal, como o CsF – com envio de estudantes desde 2012 -, como também sempre está em busca de convênios internacionais para proporcionar essa experiência aos alunos”, ressalta Daniele Almeida, assessora de Relações Internacionais da instituição.
Segundo a docente, depois que o primeiro estudante do IFS foi selecionado pelo CsF, muitos passaram a considerar o sonho de estudar no exterior como algo possível. Ainda de acordo com Daniele, vivendo e estudando em outro país, os estudantes entram em contato com novas estruturas curriculares e têm a oportunidade de ampliar competências e habilidades, a fim de ampliar sua competitividade no mercado de trabalho. No retorno ao IFS, eles compartilham suas experiências e aprendizados de forma muito positiva, não só com colegas discentes, mas também com docentes, ampliando assim o arcabouço técnico e cultural de toda a comunidade acadêmica”, avalia a assessora.
Experiência inesquecível
Após retornar de uma temporada na cidade de Kingston, no Canadá, a estudante Isis Prudente, do curso de Engenharia Civil do Campus Aracaju conta que o intercâmbio trouxe aprendizados tanto no âmbito acadêmico quanto no pessoal.
“Esse período também me ajudou a melhorar meu conhecimento sobre a língua inglesa e a engenharia, tendo sido maravilhoso ver o quão diferente pode ser o método construtivo em países frios e as preocupações dos engenheiros e professores com os impactos ocasionados pela construção civil no meio ambiente”, diz.
O também estudante do curso de Engenharia Civil, José Neto Júnior, participou do CsF na University College Dublin (UCD), localizada na cidade de Dublin, na Irlanda. “Participar do CsF foi a maior experiência da minha vida até então. Um intercâmbio como esse é uma oportunidade única para qualquer estudante de graduação, ao mesmo tempo em que se caracteriza um grande desafio. A necessidade de se adaptar à cultura local desenvolve no estudante um grande senso de independência e determinação, que são virtudes importantes para qualquer estudante e profissional”, enfatiza o aluno.
Reportagem publicada na edição de março do jornal A PRÉVIA.
Redes Sociais