IFS transforma vidas e promove desenvolvimento
Resultados nas áreas de ensino, pesquisa e extensão mostram a importância da educação pública, gratuita e de qualidade
Os resultados nas áreas de ensino, pesquisa e extensão mostram que o Instituto Federal de Sergipe (IFS) transforma a vida das pessoas. Os números são expressivos e as trajetórias pessoais dão a real dimensão da importância da educação pública, gratuita e de qualidade para a inclusão social e o desenvolvimento sustentável do país. São milhares de histórias de superação, de carreiras bem-sucedidas e de projetos transformadores, que mudam realidades de comunidades pobres e atendem demandas de mercado.
Atualmente, o IFS contabiliza 9372 alunos regulares distribuídos em 21 cursos integrados (ensino médio e técnico juntos), 29 cursos subsequentes (só ensino técnico), 18 cursos de graduação, dois cursos de pós-graduação stricto sensu e dez campi espalhados pelo estado, nos municípios de: Aracaju, São Cristóvão, Lagarto, Estância, Glória, Itabaiana, Propriá, Socorro, Tobias Barreto e Poço Redondo (em implantação). A instituição oferta 4635 novas vagas todos os anos em processos seletivos.
A maioria dos mais de 9 mil estudantes vem de famílias de baixa renda e dificilmente teria outra oportunidade para vencer as adversidades e prosperar se não fosse a educação. Prova disso é que 7.335 bolsas de assistência estudantil foram concedidas pelo IFS no último ano. A comunidade acadêmica é altamente produtiva: 715 alunos e 333 servidores participam de projetos de pesquisa aplicada, extensão e inovação; há mais de 60 projetos sustentáveis e dezenas de projetos sociais voltados para ações comunitárias em áreas pobres.
As trajetórias de superação emocionam e mostram a força transformadora do ensino público de qualidade. O economista Silvano Nascimento, 34 anos, só tinha duas opções quando adolescente: trabalhar na lavoura e reproduzir o histórico de pobreza dos pais ou estudar. Foi então que ingressou no IFS – Campus Lagarto para cursar Edificações na modalidade integrada e mudou seu destino para sempre. Hoje ele é pós-graduando em Zurique, na Suíça, onde trabalha como supervisor de logística da empresa de robótica automotiva Reishauer Aki.
“O IFS me salvou, me possibilitou um ensino de qualidade e o contato com professores que se tornaram meus heróis, me abriu as portas do saber e o saber me abriu as portas do mundo. Sou formado em Economia pela UFS, falo inglês, alemão e espanhol fluentes. Já viajei o mundo, mas a vontade se vencer partiu dessas três letras que mudaram a minha vida: IFS. Sempre que vou ao Brasil visito minha escola em Lagarto e sou muito grato por tudo que aprendi ali”, relatou Silvano.
Quem fez um percurso semelhante foi a engenheira pós-graduada em Gerenciamento de Projetos pela Universidade de São Paulo (USP), Suele Santos, 30 anos, que usou a educação como alavanca para superar a origem humilde e construir uma carreira bem-sucedida em Sydney, na Austrália. “O que aprendi no curso de Edificações do IFS com professores super qualificados me mostrou que eu poderia chegar a qualquer lugar no mundo. Trabalho com maquetes eletrônicas e estou a caminho de conseguir o reconhecimento como engenheira no país”, conta.
Inclusão
Estão sendo desenvolvidos na instituição centenas de projetos de pesquisa e extensão que contribuem não só para o conhecimento científico-tecnológico como também para a melhoria das condições de vida da população. Um exemplo desse compromisso com a edução inclusiva é o Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia (Emae) do IFS – Campus Estância, que presta assistência técnica pública para projetos de habitação de interesse social destinados a moradores de baixa renda do município.
Os serviços ofertados vão desde reformas de edificações até o levantamento cadastral de imóveis e terrenos, assim como o levantamento topográfico para regularização fundiária, desmembramento e remembramento.“É muito gratificante fazer parte do projeto. Prestamos serviço à população de baixa renda, aprendemos na prática, nos preparamos para o mercado e contribuímos com a sociedade”, afirmou a bolsista do Emae, Nora Nei Jesica Oliveira Santana, 24 anos, do curso de Engenharia Civil.
Moradora do Loteamento Vitória, uma das áreas mais vulneráveis de Estância, a doméstica Noelma Rodrigues Gonçalves, 40 anos, foi uma das contempladas pelo Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia. “Esse projeto é um benefício muito grande para as pessoas de baixa renda. Estou desempregada há vários anos e nunca teria condições de arcar com a planta para conseguir a escritura da minha casa. A equipe do IFS me recebeu de braços abertos e realizou meu sonho”, comemorou.
História
Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia foram instituídos em 2008 e fazem parte da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que existe no Brasil há 110 anos. Tudo começou em 1909 com a Escola de Aprendizes Artífices, destinada ao ensino profissional primário e gratuito para os menos favorecidos, que deu origem à Escola Industrial de Aracaju, à Escola Técnica e aos Centros Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Cefets), hoje Institutos Federais.
Mudaram as nomenclaturas e a abrangência, mas permaneceu a missão central de oferecer educação pública, gratuita e de qualidade. Formado em Eletrônica e Telecomunicações pela antiga Escola Industrial, Romeu Batista Santana obteve a qualificação necessária para ocupar cargos de gerência na Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), onde foi servidor por 35 anos. Após se aposentar, usou a experiência e os conhecimentos adquiridos para ser empresário da construção civil. “O IFS é um modelo de escola indispensável à formação tecnológica, à cidadania e à transformação social”, destacou.
Egresso da então Escola Técnica, o diretor de Operação e Manutenção da Companhia de Saneamento do Estado de Sergipe (Deso), Carlos Anderson Pedreira Silveira, viu seus contemporâneos ocuparam postos importantes em empresas do estado a partir da base educacional que tiveram. “O ensino profissionalizante me mostrou a importância de começar cedo e como o mercado precisa de mão de obra qualificada. Tenho uma gratidão especial pelo IFS, pois foi essa formação técnico-profissional que me fez conseguir os requisitos para assumir o cargo no concurso público que estou até hoje”, reconheceu.
O Instituto Federal de Sergipe também tem a tradição de formar alunos que acabam atuando, posteriormente, como servidores e ocupando cargos importantes na instituição, a exemplo da reitora Ruth Sales Gama de Andrade e dos diretores dos campi São Cristóvão, Marco Alindo Melo Nery, Estância, Sônia Pinto de Albuquerque Melo, e Propriá, José Luciano Mendonça Morais.
Há centenas de casos de egressos que construíram sólidas carreiras acadêmicas e ensinam na instituição, como o Engenheiro Civil e doutor em Engenharia de Processos, Luciano de Melo, que foi professor do Campus Lagarto e hoje é do Campus Estância, onde atuou como diretor. “O IFS é a minha história. Ao ingressar na antiga Escola Técnica fiz o curso técnico, me tornei professor e conquistei o grau de doutor. Os instituto é o grande responsável pela universalização da educação em várias esferas e tem oportunizado a ascensão de segmentos diversos da sociedade”, observou.
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