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QUEBRANDO TABU

Como a ansiedade pode interferir no bem-estar foi o tema abordado na primeira ação do Programa Bem-Me-Quer

Criado: Sexta, 07 de Fevereiro de 2020, 14h01 | Publicado: Sexta, 07 de Fevereiro de 2020, 14h01 | Última atualização em Segunda, 10 de Fevereiro de 2020, 08h21

Ansiedade e depressão são as principais causas de afastamento do trabalho no IFS e no mundo


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Falar sobre ansiedade e depressão ainda é tabu na sociedade. Medo de se expor, de ser apontado como um coitado, de ser julgado pelos colegas e até a falta de conhecimento levam pessoas diagnosticadas com transtornos psicológicos a não procurar ajuda especializada. De acordo com a psiquiatra Thayane Sobral, esse comportamento agrava ainda mais a situação e atrapalha no acolhimento para receber ajuda adequada. No Instituto Federal de Sergipe, o Programa Bem-Me-Quer, criado em novembro do ano passado, que surgiu para cuidar da saúde do servidor, realizou um ciclo de palestras para tratar do assunto depois que verificou a causa do alto índice de afastamento dos funcionários. “As Coordenadorias de Saúde Escolar dos campi fizeram um levantamento dos laudos de perícias médicas realizadas pelos setores e o resultado não foi diferente do que acontece no mundo: o maior motivo de afastamento dos servidores do IFS é por ansiedade e depressão”, declarou Elizabete Nascimento, coordenadora do Programa Bem-Me-Quer.

No Brasil, os pedidos de afastamento do trabalho por ansiedade e depressão no ano de 2018, chegaram a mais de 104 mil contra cerca de 90.300 no ano anterior. Um aumento de 15,23%. Dados da OMS - Organização Mundial de Saúde revelam que ao longo da vida, uma em cada quatro pessoas vai desenvolver algum transtorno mental e alertam que até o fim de 2020 essa será a principal causa de afastamento do trabalho em todo o mundo. Thayane diz que ainda faltam empresas que tragam programas de prevenção para os funcionários e também de políticas públicas mais eficazes para alertar a população sobre o assunto. “Recentemente foi sancionada uma lei (dezembro de 2019) que trata como crime induzir ou instigar a automutilação e o suicídio. A gente sabe que aumentou o índice de pessoas cada vez mais jovens se automutilando e principalmente cometendo suicídios no país. São jovens entre 15 e 29 anos. Então, não dá para a gente dizer que é frescura, que é bobagem”, declarou. Para ela espaços abertos como o que prioriza o Programa Bem-Me-Quer é oportuno e relevante para combater o problema. “Esse é um espaço para discussões e esse é ainda um tema muito velado. Nós temos que debater, sim”, enfatizou.

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O terapeuta e instrutor de meditação, André Brito disse que o que preocupa com esses dados é que há pouca ação prática para diminuir os impactos causados pela ansiedade e pela depressão nas empresas. “Há um prejuízo de aproximadamente 1 trilhão de dólares na economia global por causa de doenças mentais; seja pelo afastamento do trabalho, seja por problemas em decorrência delas. No Brasil não é diferente; as empresas não fazem nada sobre esse aspecto. A pessoa se afasta, muitas vezes não consegue retornar ou se retorna, continua com muitas dificuldades para trabalhar, de viver naquele ambiente em si, e o ambiente físico não muda muito”. André, que é instrutor de mindfulness, prática também conhecida como ‘Psicologia da Atenção Plena’, disse que ela pode ajudar no controle do estresse e da ansiedade, já que também diminui o impacto de pensamentos negativos. “O mindfulness pode ser um complemento ao trabalho terapêutico para ajudar as pessoas a terem mais resiliência emocional para que possam voltar a exercer suas funções no trabalho”. Mas André alerta que apesar de bons resultados não é uma garantia. “Cada indivíduo é único e é preciso ter cuidado com isso. Muitas vezes as pessoas falam de técnicas como a mindfulness dourando muito a pílula como se fosse a salvação e não é isso; mas com certeza é um mecanismo importante para ajudar as pessoas nas instituições”, concluiu.

A reitora do IFS, professora Ruth Sales, preocupada com a saúde dos servidores disse que a situação na instituição não é diferente e que é necessário e urgente tratar essas questões. “Queremos que todos se sintam bem no seu local de trabalho”, sentenciou. E enfatizou “O respeito e o amor são importantes e imprescindíveis para o bom viver”. O Programa Bem-Me-Quer pretende fazer um trabalho contínuo e vai abordar outros temas como tabagismo e nutrição. Na próxima sexta-feira, dia 14, às 14h, no auditório do Centro de Pós-Graduação do IFS haverá as palestras “Fiscalização do uso de álcool e drogas e aspectos da psicologia do trânsito, com os policiais rodoviários federais Janini Felix e Paulo Rodolfo Nascimento e, também a palestra ‘Protegendo a saúde no Carnaval”, com o doutor Almir Santana, coordenador do Programa Estadual de DST/AIDS.

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