Aluno do IFS vence desafio nacional de programação com robô esterilizador
Equipe campeã do HackSerpro desenvolve protótipo de dispositivo que desinfeta ambientes usando Luz Ultravioleta C
Por Carole Ferreira da Cruz
A aposta num robô capaz de esterilizar ambientes e prevenir a contaminação por Covid-19 foi a solução inovadora encontrada por um grupo de jovens talentosos para vencer o HackSerpro, maratona on-line de programação realizada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Bruno Augusto dos Santos, do curso de Engenharia Civil do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância, integrou a equipe vendedora ao lado da aluna de Biotecnologia na USP, Nina Machado, e do engenheiro de software, Leone Souza.
Os participantes foram desafiados a apresentar uma tecnologia que pudesse auxiliar na redução dos impactos provocados pela pandemia, na adaptação das transformações impostas à sociedade e na resolução de problemas relacionados à crise sanitária atual. As soluções tecnológicas deveriam abordar dois grandes eixos: social (saúde, meio ambiente, mobilidade, entretenimento, cultura) e econômico (mercado de trabalho, indústria, comércio e serviços e novos negócios).
Ao desenvolver o protótipo da robô Hígia, um dispositivo que desinfeta ambientes com 99,9% de efetividade utilizando a Luz Ultravioleta C (UV-C) e a internet das coisas, e equipe conseguiu a proeza de apresentar a alternativa mais inovadora, funcional, com melhor design e usabilidade da competição. Mas o desafio não para por aí. Os jovens querem partir para a segunda etapa, que é a construção do protótipo num dispositivo concreto, e já estão em busca instituições parceiras para tocar o projeto. Possíveis interessados podem entrar em contato pelo e-mail: ninapinheiro@usp.br.
Estratégia
A escolha de uma estratégia robusta foi decisiva para a conquista da maratona. “A base de todo desenvolvimento foi o planejamento elaborado pela equipe, principalmente para definir as tarefas e possibilitar o melhor desempenho. Um outro recurso foi o uso de metodologias ágeis. Já que todos estavam trabalhando em sua residência, era necessário ter processos de mapear e entregar resultados em curto intervalo de tempo. Além disso, aproveitamos ao máximo as mentorias disponibilizadas pelo Serpro, visando melhorar significativamente nossa solução”, explicou Bruno dos Santos.
Para o aluno do IFS, a vitória no HackSerpro está sendo um combustível adicional para que o grupo siga estudando e buscando soluções que possam contribuir com a sociedade. “Significou uma grande realização pessoal e motivação para continuar usando meu propósito e habilidades para o bem social. Acredito que esse foi apenas o começo, irei continuar arduamente trabalhando para colaborar cada vez mais para um Brasil mais empreendedor, no qual as pessoas possam se beneficiar com todas as tecnologias desenvolvidas”, comemorou.
A competição apresentou resultados de alto nível. O segundo colocado desenvolveu um totem inteligente que bloqueia o acesso a estabelecimentos se o cliente estiver sem máscara, com febre ou não utilizar álcool a 70%. O terceiro lugar montou um sistema que facilita a comunicação entre a população e os agentes de saúde. Mas, além dos vencedores, outros projetos se destacaram, a exemplo do mapa com alertas sobre contaminação, do observatório de compras emergenciais, do sistema de monitoramento de gases em hospitais e do aplicativo para atendimentos de emergência.
Sobre a maratona
A maratona HackSerpro, que totalizou 170 horas de programação, distribuiu R$ 22.500 em prêmios, contou com 40 times inscritos, cinco jurados e 35 mentores. O evento, de abrangência nacional, teve o apoio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), da InvestUP e do Ministério da Economia. O Serpro, maior empresa pública de prestação de serviços em tecnologia da informação do Brasil, nasceu em 1964 para modernizar e dar agilidade a setores estratégicos da administração pública.
Sobre o aluno
Bruno Augusto dos Santos já havia participado de outras edições do HackSerpro e usou a experiência acumulada, a determinação, os conhecimentos na área de programação e a familiaridade com a tecnologia Luz Ultravioleta C para se associar a um projeto ousado que acabou sendo o vencedor. Além de cursar Engenharia Civil no IFS – Campus Estância, o aluno atua como diretor administrativo-financeiro da Empresa Júnior de Engenharia Civil (Sercivil) e como pesquisador-bolsista na área de hidráulica e saneamento.
Confira as equipes vencedoras:
1º Lugar: Equipe Cosmonautas (Bruno Augusto dos Santos, Nina Machado e Leone Souza).
Solução: Hígia Robot - Um mini robô que esteriliza o ambiente contra vírus, fungos e bactérias com Luz Ultravioleta C, usando Iot, com 99,9% de efetividade.
2º Lugar: Equipe Covid Busters (líder: Ilana Ribeiro)
Solução: Toi Tecnology - Utilização de Iot e IA para minimizar a proliferação de vírus e bactérias, por meio de um totem inteligente que bloqueio o acesso a um estabelecimento se o cliente estiver sem máscara, estiver com febre ou não usar o álcool em gel.
3º Lugar: Equipe We PADGs (líder: Maria Gabriela Lima)
Solução: Minha Agente de Saúde - Aplicativo que potencializa a comunicação entre a população da periferia e o agente de saúde comunitário, usando vídeos, áudios e infográficos para simplificar e dinamizar a compreensão do conteúdo.
*Com informações da Comunicação do Serpro e do Jornal da USP
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