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DIA DO SERVIDOR

De estudante a servidor: técnicos e professora relatam suas trajetórias de sucesso no IFS

Criado: Terça, 27 de Outubro de 2020, 10h33 | Publicado: Terça, 27 de Outubro de 2020, 10h33 | Última atualização em Quarta, 28 de Outubro de 2020, 08h34

Em homenagem ao Dia do Servidor Público, 28 de outubro, relatos de superação de quem foi aluno e hoje trabalha na instituição

Por Monique de Sá

Fernanda com seu pai no dia da sua formatura em EdificaçõesSer aluno da instituição fazia parte dos planos deles. O que eles não imaginavam é que a vida traçaria caminhos para que se tornassem servidores públicos federais do lugar responsável por sua formação. De estudantes, eles passaram a ser servidores, fazendo do Instituto Federal de Sergipe (IFS) a sua segunda casa. As histórias de Fernanda Cavalcante, Eduardo de Oliveira, Rodrigo Paim e Renan Oliveira se confundem e ratifica o poder da educação na transformação de vidas.

Ainda menina, a professora do Campus Estância, Fernanda Cavalcante, tinha o desejo de entrar para o Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (Cefet-SE). Era o sonho da maioria dos jovens da cidade de Lagarto, cidade onde nasceu. Para isso, Fernanda se dedicou bastante para o processo seletivo, sendo aprovada no curso técnico de Edificações no ano de 2004.

Já como aluna da tão sonhada escola técnica, Fernanda lembra da sua rotina de aulas e da convivência com os colegas. Ela conta que havia dias em que chegava a ficar os três turnos na chamada Unidade de Ensino Descentralizada de Lagarto (Uned). “Amávamos ficar na escola, nos corredores, nos laboratórios… Fazíamos daquele ambiente um espaço prazeroso para nós. Até hoje os laços de amizade permanecem, mesmo cada um tendo seguido uma trajetória profissional”, relembra a professora.

Hoje Fernanda Cavalcante é professora do IFS EstânciaAo concluir o curso técnico, Fernanda deparou-se com a dúvida: “que carreira seguir?”. Ela gostava mesmo de dar aulas, era daquelas que ajudava os amigos a aprender melhor um assunto, por isso pensou em fazer vestibular para o curso de Matemática, mas seu pai acreditava que ela deveria ter o que para ele era “uma profissão de maior reconhecimento”.

“Como gostei muito de Edificações, decidi fazer Engenharia Civil. Meu pai ficou realizado e eu também, já que em 2012 ingressei no IFS para o quadro efetivo de professores. O edital deste concurso foi aberto no final do ano, então passei Natal e Ano Novo estudando. Eu me sentia motivada por vislumbrar a realização do meu sonho: ser professora!”, recorda.

Hoje, a experiência de ensinar na modalidade de ensino em que ela estudou é muito significativa, pois Fernanda enxerga um pouco de si em seus alunos. “Vejo em cada olhar um pouco de mim e compartilho com eles minha experiência, cada desafio que superei! Sobretudo, como a educação transformou a minha vida”, diz a docente.

De aluno dedicado a 1ª colocação no concurso almejado

Eduardo Oliveira é Técnico em Mecânica no Campus LagartoA escolha de um curso com boa aceitação no mercado de trabalho pesou para o técnico em Mecânica do Campus Lagarto, Eduardo de Oliveira. Aos 20 anos (em 2005), ele entrou como aluno do antigo Cefet para o curso subsequente em Eletromecânica. Ao concluir seu curso técnico, já com o certificado em mãos, o jovem passou por diversas experiências profissionais, trabalhando em uma companhia sergipana do ramo alimentício, além da Energisa.

“Na Energisa, fui o primeiro técnico em Eletromecânica a trabalhar como projetista de rede elétrica, já que essa é uma área exclusivamente dos profissionais de formação em Eletrotécnica, fui o primeiro do estado a ser inserido na área para desenvolver levantamento de campo, orçamento e projeto de redes elétricas de baixa e alta-tensão”. Para ele, este é o diferencial de quem passa pelo curso de Eletromecânica: a possibilidade de atuação em diversas áreas da indústria, na prestação de serviços e no setor público.

De aluno do Cefet até os dias atuais, 15 anos se passaram e as lembranças são inúmeras. Uma delas alude ao docente Ademir Antônio da Silva, que de professor de Eduardo, passou a ser seu colega de trabalho. “Até hoje continuo aprendendo com ele, desenvolvemos projetos juntos, participo com ele do processo de ensino dos nossos alunos nos mesmos laboratórios em que um dia eu estava como estudante. Isso é muito gratificante!”, orgulha-se.

Aprovado em 1º lugar no seu cargo, para o concurso do IFS em 2014, Eduardo garante que alguns fatores pesaram para que ele optasse pelo serviço público. Um deles foi a estabilidade financeira e a chance de atuar na área da educação em uma instituição onde ele havia se formado. Além disso, ele poderia retornar a sua cidade natal, Lagarto e, assim, contribuir com a educação técnica de novos alunos de sua região.

“O IFS possibilitou para mim um incentivo à qualificação. Hoje estou finalizando um mestrado em Engenharia de Materiais na Universidade Federal de Sergipe (UFS), que também agregará valor e conhecimento à minha formação. Fazer parte desta instituição, é uma realização pessoal e profissional. É gratificante contribuir com a formação de profissionais que participarão do processo de crescimento do nosso país e também de outros continentes, já que temos alunos presentes em empresas da Europa, Estados Unidos, Canadá, África, entre outros”, ressalta Eduardo.

Apaixonado por TI, ele não quis mais parar

Rodrigo Paim é técnico de Informática do IFS em PropriáAos 19 anos, no ano de 2008, Rodrigo Paim decidiu que era a hora de fazer um curso técnico. Ele acabara de concluir o ensino médio. A paixão por novas tecnologias e a constante ascensão do mercado de Tecnologia da Informação (TI), o fez concorrer no processo seletivo do Cefet para o curso subsequente em Desenvolvimento de Sistemas, no Campus Aracaju. Aprovado, ele deu início àquela que seria sua carreira.

Rodrigo não era muito de perder tempo. Na mesma época em que entrou para o Cefet/IFS, passou para o curso superior de Ciências Contábeis na UFS. Com uma rotina intensa de estudos, ele garante que todos os esforços valeram a pena. “As principais recordações enquanto aluno são dos aprendizados e das amizades construídas. Tudo isso me acompanha até hoje e me ajuda a ser uma pessoa melhor e um profissional responsável. Apesar de toda dificuldade, todo esforço foi válido”, pontua.

Após a conclusão de seu curso, até a sua aprovação como técnico de Informática do IFS, houve um hiato de oito anos. Neste período, ele trabalhou como servidor público estadual na Secretaria de Estado de Planejamento, mas seu desejo mesmo era trabalhar na área de TI. “Para minha sorte, surgiu o concurso do IFS, instituição da qual sempre me senti parte, desde 2008, e que fez e faz parte da minha história”.

Em 2017, enfim, ele se tornava um servidor público federal. Retornou para a instituição não mais como aluno, mas com a responsabilidade de assumir a coordenação de TI do Campus Propriá. “Mesmo com o conhecimento técnico e de gerenciamento, foi um desafio que consegui administrar graças aos conhecimentos adquiridos tanto do curso técnico quanto da graduação”. Para quem achava que Rodrigo pararia por aí, como forma de aumentar seu conhecimento e qualificação, hoje ele faz o curso superior de Gestão de TI, na própria unidade onde trabalha.

“É muito prazeroso trabalhar com o que gostamos e principalmente cercado de pessoas maravilhosas. Isso torna o meu dia a dia como servidor do IFS mais leve e extremamente gratificante”, garante o servidor que atualmente desempenha atividades de manutenção, suporte ao usuário, gerenciamento de ativos de rede e planejamento de TI.

O caminho inverso que trouxe bons frutos

Renan OliveiraA frase: “o bom filho a casa torna” representa bem a história de Renan Oliveira, técnico de laboratório em Eletrônica do Campus Aracaju. Ao contrário da maioria dos estudantes que entram para o IFS, ele fez o caminho inverso. Quando passou a ser aluno do curso subsequente em Eletrônica do IFS Aracaju (no ano de 2009), ele era discente da UFS no curso superior em Engenharia Elétrica. A necessidade de ter um maior conhecimento da parte prática e teórica, o fez estudar nos dois cursos de forma simultânea.

“Notei que alguns colegas de sala da UFS, que eram egressos do instituto, não só dominavam a montagem de circuitos como também já possuíam certo conhecimento na parte teórica. Isso me interessou e, em contato com eles, descobri a modalidade subsequente, que poderia ser feita por quem já havia terminado o ensino médio”, justifica Renan.

Renan Oliveira é técnico em Eletrônica do Campus AracajuA correria era grande. Durante o dia UFS, durante a noite IFS. No entanto, a possibilidade de ter outra formação e um maior leque de oportunidades no mercado, o motivava a seguir em frente. “Lembro que muitas vezes saía da universidade e vinha direto para o instituto, ficava estudando nos corredores. Ainda vejo muitos estudantes fazendo isso hoje em dia, acabo me lembrando de minha época”.

Quatro anos após concluir o seu curso técnico, Renan soube que o IFS estava com concurso aberto para técnicos administrativos da instituição. Como vinha estudando para concursos públicos há um tempo, ele sabia que aquela era sua chance de ter um emprego federal na sua área de formação. Aprovado, Renan passou a atuar no laboratório de Eletrônica do Campus Aracaju. Aquele lugar já lhe era bastante familiar! Apesar de que, inicialmente, para ele, foi um tanto quanto estranho retornar não mais como estudante.

“A equipe da Coordenadoria de Eletrônica sempre me apoiou e, hoje em dia, eu me sinto privilegiado em auxiliar os professores nas suas atividades diárias. Alguns deles também ensinaram para mim!”, lembra Renan.

Como técnico de laboratório, ele tem como principal função manter esses espaços em pleno funcionamento para que as aulas funcionem da melhor maneira possível. “Dessa forma, estou sempre verificando as condições dos laboratórios, solicitando ou realizando as manutenções necessárias. Além disso, apoio os professores em aulas práticas e outras atividades, separando material e/ou auxiliando os estudantes no uso correto dos instrumentos”, explica o técnico.

Trabalhar na instituição que Renan conhece desde garoto parece lhe trazer certa tranquilidade, mas ele sabe da sua responsabilidade como egresso/servidor. “Acho bem interessante acompanhar as trajetórias deles e as motivações, além de sempre me impressionar com o que eles conseguem desenvolver durante o período do curso. Acabo me enxergando mais com alguns alunos do subsequente, pela trajetória parecida com a minha”, finaliza.

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