Equipes do IFS vencem Olimpíada Brasileira de Robótica

Criado: Sexta, 30 de Outubro de 2020, 14h29 | Publicado: Sexta, 30 de Outubro de 2020, 14h29 | Última atualização em Terça, 03 de Novembro de 2020, 09h22

Tweet

Por Carole Ferreira da Cruz

As equipes do Instituto Federal de Sergipe (IFS) conquistaram o pódio na etapa sergipana da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), o maior evento do gênero no país. Os alunos do Campus Aracaju foram vencedores e logo em seguida vieram os campi Estância e Lagarto, que ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente. Esse foi o melhor resultado da instituição até hoje e a alta competividade dos participantes leva a crer que são boas as chances de êxito na etapa nacional.  

A missão da modalidade prática da OBR simulou um ambiente real de desastre, onde o resgate das vítimas precisava ser realizado por robôs, que deveriam se responsabilizar pelo transporte delas para uma região segura onde os humanos assumissem os cuidados.  Os robôs programados pelos competidores teriam que ser ágeis o suficiente para: superar dificuldades, como redutores de velocidade; transpor caminhos onde a linha a ser percorrida não poderia ser reconhecida; desviar obstáculos e ultrapassar rampas para conseguir fazer o salvamento.

Por conta da pandemia de Covid-19, este ano a disputa teve que acontecer de forma virtual com o auxílio de um simulador desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (FRN), o sBotics. O grau de dificuldade do desafio foi considerado muito alto porque toda a estratégia teve que ser montada de forma remota, mesmo diante da pouca familiaridade com o ambiente simulado e da inserção de novas características que necessitavam de adaptações a cada atualização do simulador.

Veterano na competição, é a segunda vez que o Campus Aracaju ganha a etapa estadual da OBR. Integraram a equipe Renegade os alunos do curso integrado de Eletrônica, Erberte Lucas Ferreira Silva, Michael Alves dos Santos e Danilo Santos Ribeiro, que liderou o grupo. “Atribuo a vitória a todo o esforço e cooperação entre a equipe e os instrutores. A vitória significa o resultado da nossa dedicação e persistência que tivemos no desenvolvimento da nossa solução”, comemorou Danilo, de 17 anos.   

O professor Edson Barbosa Lisboa, que orientou a equipe com a colaboração do técnico de Laboratório de Eletrônica, Renan Silva, e da egressa Maria Carolina, traçou uma estratégia baseada no estudo do regulamento e na resolução de metas. “Os alunos estudaram bem as regras e a plataforma de simulação. Elaboramos um conjunto de desafios de variada complexidade que as equipes tinham que resolver, além disso ocorreram as competições preliminares organizadas pela comissão nacional e participamos de quase todo o programa”, explicou.

Competitiva

O Campus Estância, que começou a competir em 2016, tem acumulado bons resultados nacionais, a exemplo do terceiro lugar na maratona de programação Hackathon Espacial, em setembro deste ano.  Mas só agora subiu no pódio na etapa estadual da OBR. “A equipe conseguiu desenvolver uma programação muito competitiva, o que por si só já é uma vitória e prova que nossos estudantes são capazes de enfrentar qualquer desafio. A premiação é um dos frutos alcançados pelas atividades de robótica no campus e nos indica que estamos no caminho certo. No futuro, teremos mais conquistas”, ressaltou o professor Roberto Macena, que orientou a equipe IFStark com o apoio do professor Matheus Canuto.

O líder da IFStark, Luís Paulo Menezes Ávila, de 17 anos, ficou radiante com a conquista do segundo lugar, partilhado com os colegas de turma Lucas Batista, Alípio Fernando e João Vieira, do curso técnico integrado em Eletrotécnica. “Para mim representou algo significativo. Fiquei muito feliz pois eu e minha equipe demos nosso máximo e conseguimos esse ótimo resultado. Além disso, nos mostra que com esforço e persistência nós conseguimos alcançar excelentes resultados”, enfatizou Luís Ávila.

O Campus Lagarto também tem se mostrado competitivo. Tanto que, em 2019, ficou com os dois primeiros lugares nas quatros modalidades da disputa de robótica da Escola Regional de Computação Bahia – Alagoas – Sergipe (Erbase). Essa é a primeira conquista na olimpíada e a perspectiva é que venham outras. “A presença deles no Labic, que é o Laboratório de Inovação e Criatividade, foi decisiva. São alunos do ensino médio, mas que têm conhecimento e desenvolvimento de graduação. São muito bons e esforçados. Mesmo na pandemia, continuaram desenvolvendo seus trabalhos e estudos”, reconheceu a professora e orientadora da equipe, Stephanie Kamarry Alves de Souza.

A equipe do Labic é liderada por Rivaldo José Nascimento dos Santos, 17 anos, que participou da competição com Laís Oliveira Santos Costa e Débora Diana Gonçalves dos Santos, do curso técnico integrado de Redes de Computadores de Lagarto, e com Elysabethe Williane Passos, do curso integrado de Informática do Campus Aracaju. “Vencer a primeira fase da competição trouxe muito êxito não só para a equipe, mas também para o grupo de pesquisa que fazemos parte. Sentimos que nossos esforços tiveram um retorno positivo e estamos muito entusiasmados com a próxima fase”, destacou Rivaldo José.

Incentivo

Os ótimos resultados alcançados pelo IFS tendem a crescer com a implantação, no final do ano passado, do Programa de Apoio a Equipes de Competição Acadêmica (CAD), idealizado pela Diretoria de Inovação e Empreendedorismos (Dinove). O CAD estimula que professores e estudantes atuem na área de inovação e alcancem novas formas de conhecimento e aprendizado na busca de solução para os problemas propostos em competições país afora. Equipes selecionadas no primeiro edital contam com R$ 5 mil para custeio de despesas e bolsa de R$ 400,00 para os competidores.

Confira a pontuação das equipes:

1º lugar: Equipe Renegade, do Campus Aracaju – 910 pontos.

2º lugar: Equipe IFStark, do Campus Estância – 900 pontos.

3º lugar: Equipe Labic 01 – 425 pontos.