Atuação durante pandemia foi tema de encontro de pedagogos e Taes

Criado: Segunda, 14 de Dezembro de 2020, 19h33 | Publicado: Segunda, 14 de Dezembro de 2020, 19h33 | Última atualização em Terça, 15 de Dezembro de 2020, 12h36

Evento realizado entre os dias 9 e 11 de dezembro promoveu reflexões e debates sobre juventude e atuação pedagógica no cenário educacional de distanciamento social.

A pandemia de covid-19, em 2020, foi responsável pela paralisação de diversos setores sociais e econômicos ao redor do mundo como medida para controle da disseminação da doença. Na escola, e especificamente no Instituto Federal de Sergipe (IFS), foi necessário interromper as atividades presenciais de ensino-aprendizagem e, após um tempo de planejamento, dar início ao ensino remoto emergencial. Mas, mesmo no momento em as portas da instituição se fecharam para a maior parte das atividades presenciais, Pedagogos e Técnicos em Assunto Educacionais (TAEs) não pararam e desde já passaram a atuar principalmente no apoio pedagógico dos estudantes que agora se veem no desafio de estudar em casa.

Após nove meses do início desta nova forma de pensar e agir no processo de ensino-aprendizagem, esses profissionais realizaram o II Encontro Regional de Pedagogos e Técnicos em Assuntos Educacionais. De 9 a 11 de dezembro, eles promoveram e assistiram palestras sobre juventude e políticas públicas, inclusão digital, trabalho dos pedagogos e Taes no IFS, história de educadores, além de juventude, educação e perspectiva de vida. Ao todo foram 100 inscritos, 20 palestrantes, além da participação de sete membros da comissão organizadora.

De acordo com Jessica Andrade, pedagoga do Campus Glória e presidente da comissão organizadora do encontro, foi um momento que contribuiu com a integração das equipes da pedagógica do IFS juntamente com outras equipes do Brasil. “Isso possibilitou a troca de experiências e diálogo metodológico das aplicabilidades da assessoria pedagógica e acompanhamento estudantil. Foi um excelente momento para partilhar ideias e vivências com o propósito de promover o fortalecimento do processo educativo emancipatório”, analisou a pedagoga.

Conhecimento e debate

No dia 9, a palestra de abertura foi ministrada pelo professor José Sérgio Gomes, que é doutor em educação, pedagogo no Ministério Público do Estado da Bahia e atua no Centro de Apoio Operacional e Defesa da Educação (CEDUC) do MPBA. Falando sobre as políticas púbicas educacionais no período de pandemia e pós-pandemia, José Gomes destacou a atuação do Ministério Público e Órgãos Colegiados.

"Desde meados de março, quando as atividades educacionais presenciais foram suspensas, devido a pandemia, passamos a conviver em um novo cenário e a exclusão digital foi evidenciada. O MP tem atuado, como fiscal da Lei e guardião da Constituição Federal, para garantir o direito educacional, no qual devemos atentar que este não foi revogado.

Cabendo, portanto, ao poder publico o oferecimento do atendimento pedagógico não presencial, enquanto não for possivel o retorno das atividades presenciais. Nesse sentido, o CEDUC tem atuado em diversas temáticas que visão a garantia do direito a uma educação de qualidade e inclusiva", apontou o pedagogo do MPBA.

Entre os participantes da programação do dia 10, o professor do Campus Aracaju e membro da equipe multidisciplinar do Napne, Danilo Batista, palestrou sobre um tema especialmente preocupante no contexto de ensino remoto: a inclusão digital. “O simples fato de se prover a tecnologia não quer dizer se está realizando inclusão digital, que seja instaurada e instituída uma cultura digital. Sendo assim, é importante ressaltar que as aulas remotas não são ensino a distância (EaD). Nas aulas remotas, o ensino presencial é transposto no meios digitais, nos mesmos moldes e práticas”, ressalta o professor Danilo.

Um momento diferenciado do evento foi a participação ativa dos estudantes do IFS, que protagonizaram um debate com o tema “Juventude, educação e perspectiva de vida”. De acordo com a presidente da comissão organizadora Jéssica Andrade, a voz do corpo estudantil foi necessária para essa proposta de trabalho colaborativo, em que todos os envolvidos no processo educacional possam participar das discussões, de forma horizontal.

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