Desafio busca aumentar participação de mulheres no desenvolvimento de tecnologias
Ideia é inspirar garotas a se tornarem inventoras. Em 7 anos de existência, foram mais de 3 mil participantes no Brasil e 15 mil em 100 países
Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que 58% dos consumidores de tecnologias brasileiros são mulheres. Apesar de serem maioria na utilização, elas ainda veem os homens dominarem o mercado de criação de inovações tecnológicas – dos mais de 4 mil membros da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), cerca de 19% são do sexo feminino, apenas. Com o objetivo de diminuir essa disparidade, em 2011 foi criada a Technovation Challenge, um desafio internacional para meninas entre 10 a 18 anos que propõe a criação de um aplicativo que solucione um problema real. No último sábado, 24, foi realizado no Instituto Federal de Sergipe (IFS) um curso sobre o App Inventor, programa que será a base para o desenvolvimento das aplicações. No total, 15 garotas participaram do treinamento.
Em 7 anos de realização, o Technovation Challenge já contou com a participação de mais de 3 mil brasileiras. Neste ano, o programa é coordenado, no Brasil, pelo Instituto Paramitas e conta com a participação de educadores do IFS. Um deles é o professor Danilo Lemos Batista, que foi o facilitador da oficina sobre o App Inventor. “Nós temos apoiado ações do Technovation desde 2015. Neste ano, continuamos dando suporte com oficinas e orientando mentoras e equipes”, diz o docente, que é vinculado ao grupo de pesquisa em Matemática Aplicada à Visão Computacional (Mavicom) e coordena o Laboratório de Ensino da Matemática, do Campus Aracaju.
Participação
Até o dia 7 de março, as garotas interessadas em tecnologia podem formar um time com 5 membros e 1 mentor. Após efetuar a inscrição do grupo, as jovens devem começar a desenvolver um projeto com base no currículo 2018 do Technovation Challenge – é necessário completar semanalmente as atividades propostas em equipe sob orientação do mentor. As finalistas viajam para o Vale do Silício para apresentar seus aplicativos e planos de negócios para investidores na final mundial e concorrem a prêmios, sendo o maior deles no valor de US$ 15 mil. A iniciativa conta com apoio de instituições como a Fundação Lemann, a Unesco e o Instituto Ayrton Senna.
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