Campus Itabaiana realiza evento de conscientização sobre o feminicídio
Mais de 100 estudantes dos cursos de Agronegócio subsequente e dos cursos superiores de Logística e Ciência da Computação participaram do evento
Escrito por Rebeca Nunes, estagiária sob supervisão de Monique de Sá
O feminicídio, assassinato de uma mulher resultante de violência doméstica ou por discriminação de gênero, bateu recorde no Brasil no ano de 2022. Só no primeiro semestre, foram 699 casos registrados, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia. Já em Sergipe, essa taxa chegou à marca de 1,6 na proporção de 100 mil mulheres por estado do Brasil.
O Laboratório Acadêmico Profissional de Arte-Tecnologias ao Trabalho (LAPATTra), do Campus Itabaiana, realizou na última quinta-feira, 27, no auditório da instituição, o evento “Não ao Feminicídio, um momento de conscientização’. A iniciativa foi organizada pelos alunos do curso Técnico Subsequente de Agronegócio, vinculado à disciplina de Marketing, ministrada pela professora Diana Amado, integrante do LAPATTra.
A programação contou com a exibição de um curta-metragem, seguida de uma palestra com os professores do campus, Kleidson Nascimento dos Santos, PhD em Direitos Humanos e Sociais pela Universidade de Salamanca, na Espanha e doutor em Direito pela PUC/SP e com a professora Sabrina Silva de Carvalho, mestre com formação simultânea em Desenvolvimento Regional pela UFTO / UFMG. Após a palestra, veio o momento de interação através de um debate com os palestrantes, organizadores e alunos participantes.
“Acho importante a inclusão de discussão como da Lei Maria da Penha e feminicídio na escola para conscientização de mulheres e jovens estudantes, para que elas possam se conscientizar em relação aos seus direitos e se protegerem contra esse tipo de relação abusiva”, disse Keila de Oliveira Mendonça, aluna do curso subsequente em Agronegócio.
Quem também salientou a importância da realização de eventos como esse em instituições de ensino, onde homens também podem ser alcançados, foi o aluno Jorge Araújo, do curso subsequente em Agronegócio: “Há uma conscientização dos alunos para práticas de não violência contra as mulheres, e também forma uma ideia de um círculo, em que a educação, sobretudo dos menores, é uma escada quer você educando um, ele educa outro e transforma no final numa cadeia de pessoas que são conscientizadas e conscientizadoras para importância da não violência contra a mulher, e então isso se transforma numa corrente do bem”.
“As mudanças entre gerações numa sociedade vêm com paciência, resistência e pela educação para a paz. Por isso, mais uma vez, o LAPATTra, atuando no seu foco social, mobiliza mais um debate, dizendo: "NÃO AO FEMINICÍDIO", a partir de dados alarmantes e demandas advindas dos próprios discentes. Tudo para proporcionar momentos de conscientização, tendo alcançado um resultado positivo, nesta noite, com público masculino, em grande maioria”, disse a idealizadora do LAPATTra, professora Diana Amado.
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