Segunda maior causa de morte entre jovens, suicídio motiva debates e atividades temáticas
Quase 50 mil casos foram registrados nos últimos cinco anos, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação
Conscientizar a comunidade sobre a prevenção do suicídio e alertar à população a respeito dos números que crescem cada vez mais no Brasil e no mundo: esses foram os objetivos principais das iniciativas do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Itabaiana ligadas à campanha “Setembro Amarelo”. As ações aconteceram na última terça-feira, 25, e destacaram que a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio representa 1,4% das mortes em todo o mundo e, entre os jovens de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte. No Brasil, de 2011 a 2016, foram notificados, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 48.204 casos de tentativa de suicídio, sendo 33.269 (69,0%) mulheres e 14.931 (31,0%) homens. Entre 2011 e 2016, observou-se aumento dos casos notificados de lesão autoprovocada nos sexos feminino e masculino – de 209,5% e 194,7%, respectivamente.
Durante todo o mês de setembro, ações são realizadas a fim de sensibilizar a população e os profissionais da área para os sintomas desse problema e para a saúde mental como um todo, fazendo-os entender que se tratam também de questões de saúde pública. Os estudantes reconheceram a ação como indispensável, uma vez que eles sofrem constantemente com a sobrecarga de atividades e a pressão em relação à faculdade. “Os alunos, principalmente os do 3º ano que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vivem uma tensão todos os dias”, reconhece Damares Brenda, aluna do último ano do curso integrado em Manutenção e Suporte em Informática.
Segundo Christianne Rocha, psicóloga da Diretoria de Assuntos Estudantis (Diae), a ação proporcionou excelentes resultados, pois gerou reflexão acerca do tema das campanhas de prevenção que giram ao redor do mundo e teve a participação frequente dos alunos na roda de conversa após palestras. “Criamos casos para serem debatidos. s alunos se identificaram com as situações abordadas e interagiram com a troca de experiências. Por fim, foi divulgado o contato dos locais que oferecem suporte para pessoas que estão com o emocional fragilizado”, explica a psicóloga.
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