Em atividade da disciplina de espanhol, alunos do integrado celebram a cultura mexicana
No Brasil, a morte é celebrada em forma de luto. No Dia de Finados, pessoas que perderam seus entes queridos lotam os cemitérios para prestar homenagens, levar flores e lembrar com nostalgia do passado. No México, porém, o clima é outro. A data, chamada por lá de Dia de Los Muertos, é encarada como um momento de alegria na qual se deve homenagear os antepassados repetindo as atividades que eles gostavam de fazer quando vivos. Essa maneira diferente de encarar o rito de passagem foi transmitida pelo Instituto Federal de Sergipe – Campus Itabaiana aos alunos dos cursos integrados: em atividade da disciplina de espanhol, eles se caracterizaram e participaram de apresentações artísticas que tiveram como mote a forma pitoresca dos mexicanos de agir entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro.
As atividades foram coordenadas pela docente da disciplina de espanhol, Josilene Simões Carvalho Bezerra, e tiveram o formato de Mostra Cultural, que já chegou à terceira edição. Ela explica que o objetivo da ação é o de fomentar o conhecimento e a participação da comunidade estudantil e externa junto ao IFS. “Conhecer a cultura dos nossos povos vizinhos, de língua castelhana, é em certa medida, aproximarmo-nos das nossas raízes latinas e, com isso, de nós mesmos”, avalia Josilene.
Patrimônio da humanidade
A forma do México de relembrar dos que já morreram ultrapassa as suas fronteiras e alcança países que possuem expressiva comunidade latina, a exemplo dos Estados Unidos. A data, inclusive, já foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade, tamanha é a peculiaridade e grandeza das celebrações. De acordo com alguns historiadores, as origens que levam os mexicanos a comemorar o Dia dos Mortos remetem ao tempo em que os espanhóis chegaram ao continente americano, visto que povos como totonacas, náuatles, purépechas, maias e astecas já faziam um culto em homenagem aos mortos.
Para Wellison Ferreira, um dos estudantes que participou da Mostra Cultural, a atividade é importante e amplia a compreensão acerca dos hábitos do país cuja língua se estuda durante o curso. “Não é só aprender a gramática espanhola e praticar a conversação. É necessário entender como eles pensam, se relacionam e se manifestam culturalmente”, aponta Wellison.
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