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O Programa

Escrito por Administrador | Criado: Sexta, 11 de Outubro de 2019, 14h33 | Publicado: Sexta, 11 de Outubro de 2019, 14h33 | Última atualização em Sexta, 11 de Outubro de 2019, 16h11

Com a criação da lei nº 11.892/08, o Governo Brasileiro institui os Institutos Federais de Educação e Tecnologia (IFETs), que estabelece a Educação Profissional e Tecnológica, com o objetivo de atender todos os níveis e modalidades de ensino e que estes possam promover a integração e a verticalização da educação profissional, desde a educação básica até a educação superior, incluindo programas de especialização, mestrados e doutorados otimizando, desta forma a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão.


Esse sistema assegura possibilidades diversas de escolarização e abre caminho para a criação de itinerários de formação, a possibilidade de o aluno ingressar no ensino médio e avançar até o mestrado ou doutorado. Essa arquitetura curricular tornar-se-á possível dado o fato de os profissionais dessas novas instituições poderem dialogar, simultaneamente e de modo articulado, “da educação básica à pós-graduação, trazendo a formação profissional” (BRASIL, SETEC/MEC: 2008, p. 27).

O Plano de Desenvolvimento Institucional (2014-2019) do Instituto Federal de Sergipe (IFS) prevê em um dos seus objetivos gerais a abertura de cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam com a promoção do estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vistas no processo de geração e inovação tecnológica, tendo como meta implantar 03 (três) cursos de mestrado/doutorado até dezembro de 2019 (PDI, 2014).

Nesse sentido, o Mestrado Profissional se enquadra no perfil da instituição proposta pelo governo federal, através da SETEC/MEC, uma vez que o IFS em seus pilares de atuação desenvolve atividades de pesquisa aplicada, extensão, ensino e inovação tecnológica.

Após trinta anos de desenvolvimento, o turismo brasileiro alcançou patamares de elevada qualidade operacional e de planejamento, mas ainda há que desenvolver estudos aperfeiçoados. As políticas públicas são um desses tópicos que precisam ser fortalecidos (BENI, 2006).

Preceder quaisquer intervenções de políticas públicas voltadas ao planejamento e a gestão do turismo em destinos turísticos, consolida as ações do turismo local de forma sustentável, integrada e de fortalecimento de uma gestão compartilhada.

Sua correta gestão é de fundamental importância e estratégia para o desenvolvimento de um turismo responsável que preze pelos princípios da sustentabilidade e do fortalecimento de instâncias de governança, comunidades, apoio e formalização de redes de relacionamentos, subsidiando a implementação de ações de regionalização do turismo e, sobretudo, da articulação com os órgãos de apoio, desenvolvimento e fomento do turismo (PRT, 2015).

O planejamento e a gestão de destinos turísticos devem ser amparados nas recomendações do MTur no que versam sobre as políticas públicas de estruturação de destinos turísticos, destacam-se:

  • A implementação dos investimentos públicos para o desenvolvimento da atividade turística, prioriza os municípios com potencial turístico, por meio de intervenções públicas integradas. Estas devem sere implantadas de forma que o turismo venha a si constituir numa verdadeira alternativa econômica geradora de emprego e renda;
  • A melhoria da infraestrutura turística é a aplicação correta do direcionamento de investimentos para permitir a expansão da atividade e a melhoria da qualidade do produto para o turista nas diversas regiões do país;
  • A mensuração da competitividade nos destinos turísticos, através da implementação de metodologia de avaliação do estágio de desenvolvimento, no sentido de oferecer aos destinos a capacidade de se auto analisar e, assim, planejar e desenvolver vantagens competitivas;
  • A estruturação de segmentos turísticos priorizados, por meio da formulação, coordenação, acompanhamento e articulação de políticas públicas para o ordenamento e o desenvolvimento dos segmentos turísticos, assim como promoção e apoio a estudos e pesquisas acerca da oferta e da demanda turística segmentada. Apoio à estruturação ou reposicionamento e à estruturação de produtos turísticos com foco nos segmentos de demanda e de oferta, agregando valor a esses produtos (MTUR, 2015).

Apesar da exigência de diversos órgãos públicos para o fomento do turismo, como o próprio Ministério do Turismo e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o planejamento e a gestão do turismo são incipientes no Brasil, e em especial em Sergipe. No tocante aos seus 75 municípios, poucos possuem documentos técnicos construídos, como Planos Municipais, Inventários da Oferta Turística, Estudos de Mercado e Demanda Turística construídos e cadastrado junto ao MTur, bem como implantados setores e órgãos públicos para melhor planejar e gerir essa atividade, com secretarias e conselhos municipais, o que os prejudicam no ordenamento de seus destinos turísticos.

Espera-se que esse cenário seja modificado com gestores qualificados a gerirem destinos turísticos com competência profissional e técnica. Uma capacitação em nível de mestrado para profissionais do turismo, principalmente no contexto do Estado de Sergipe e Região Nordeste contribuirá com o fortalecimento da gestão dos setores público e públicos.

Como iniciativa de qualificação profissional, no nível de pós-graduação stricto sensu, PPMTUR capacitará seus discentes para a melhoria do planejamento e da gestão do turismo, corroborando com os princípios do desenvolvimento sustentável, que além das preocupações ambientais, busca seu equilíbrio com as questões sociais e econômicas, gerando emprego e renda e fortalecendo a identidade de um povo e as instâncias de governança.

A falta de gestores e profissionais qualificados em turismo, atuantes em Sergipe e Região Nordeste é um dos grandes impasses enfrentados pelo mercado turístico.

A demanda a ser atendida com o Programa de Mestrado Profissional em Turismo é formada:


1) Gestores públicos municipais e estaduais: profissionais atuantes nas diversas repartições da administração pública, como secretarias municipais e estaduais, órgãos consultivos do turismo, como pólos, fóruns, conselhos e comitês de turismo;

2) Representantes de entidades de classe no turismo: profissionais atuantes as associações de classe, como as Associações Brasileira de Bacharéis de Turismo, Agências de Viagens, Indústria Hoteleira, Bares e Restaurantes, Convention Bureau, Guias de Turismo, entre outros;

3) Líderes e agentes comunitários: representantes de associações de moradores, artesanato, barqueiros, prestadores de serviços turísticos, entre outros;

4) Gestores de empreendimentos turísticos: profissionais atuantes no setor privado do turismo, como hotelaria, agências de viagens, equipamentos de alimentos e bebidas, eventos, lazer e entretenimento, entre outros;

5) Empreendedores do setor turístico: empresários e empreendedores potenciais;

6) Portadores de Diploma de Curso.


Por isso, pretende-se ofertar uma pós-graduação stricto sensu em nível de curso de mestrado profissional que desenvolva uma visão sistêmica da realidade, pelo exercício crítico, reflexivo e integrador de fatos e fenômenos da vida social, ensejando a vivência da realidade profissional dos gestores em turismo.
Diante deste cenário, o IFS considera favorável a oferta do Programa de Pós-graduação stricto sensu - Mestrado Profissional em Turismo, relacionado à área do conhecimento do CNPq 61300004 – Turismo.

 

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